Matéria no Fantástico em 30 de agosto de 2015 dá conta do “próximo passo” das hordas culturais em ação. Um deles será o que tentará relativizar a corrupção, como se todos fossemos, em natureza, tão justos, retos e honestos quanto Lula, Maluf, Demóstenes, Collor e tantos outros. A mídia de predominância marxista trata agora de dizer que todos somos corruptos, distorcendo o viés claro e direto que diz que corrupção, na acepção até então entoada pela imprensa, é ato ilícito praticado com a presença de agente público numa das pontas. O noticiário, fique atento, vinha tratando corrupção como fenômeno strictu sensu, ou seja, envolvendo empreiteiras, políticos, empresas estatais, doleiros. Agora, num passe de mágica filosófico, corrupção passa a ser ...tudo! Usar vaga de deficientes no supermercado, furar uma fila, pedir a leniência de um guarda de trânsito, ultrapassar com faixa contínua, colar em prova, passar em sinal vermelho ou por cima de faixa de segurança sem parar, tudo vai virar...corrupção!
A intelectualidade brasileira (uma verdadeira horda de idiotas que nem merece a titulação) fará coro a esta nova “descoberta”. O que era ilícito penal, agora vira corrupção ativa. Assistir um assalto sem fazer nada, por caracterizar omissão, passa a ser considerada corrupção passiva e assim por diante. Nossa formação, baseada na ética judaico-cristã, no respeito às leis da república será torpedeada cada vez mais pelos aparatos sórdidos a serviço da ideia gramsciana. Abra o jornal, ligue a TV e ouça no rádio o que eu aqui observo e comprove você mesmo.
A distorção é tanta que já começaram a inverter a lógica “evolutiva” da corrupção. Sabemos todos que a corrupção tipificada e mais corriqueira é aquela que envolve a busca de vantagens pessoais na realização de negócios com o setor público. Sabemos também que ela se desdobra e se multiplica pelos dutos da impunidade e que ela é de cima para baixo, ou seja, os que estão acima corrompem ou são corrompidos e este fenômeno se desdobra até o “chão”, onde está a população, que entende que pode, sim, incorrer no mesmo crime, diante da disseminada impunidade. Em pleno processo de “corromper o que é certo”, intelectuais de esquerda passam a divagar que devemos corrigir a corrupção potencial já nas tenras idades, ensinando práticas boas e legais na infância para que os adultos sejam “imunizados”.
Eis a esquerda brasileira com seus aparelhos, tentando me dizer que sou tão ladrão quanto Cerveró e tão bandido quanto José Dirceu. Não sou, nunca fui e jamais serei. Meus filhos e netos também não. A ignóbil esquerda brasileira ainda não tem correta noção de certo e de errado.
A gente ensina.
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