domingo, 7 de setembro de 2014

O conto do horário premiado


Cerca de 30 milhões de pessoas estão vendo o horário eleitoral na TV aberta, informa o Ibope. Mas quase metade diz que vê “sem nenhum interesse”, um terço diz que tem “um pouco” de interesse, e só 20%, cerca de seis milhões de eleitores, entre uma garfada e outra, estão prestando alguma atenção às pirotecnias e armadilhas publicitárias dos filmes que custam fortunas e são os maiores gastos das campanhas.

Mas, além das maiores despesas, os filmes para TV são sempre as maiores esperanças das campanhas, “vocês vão ver quando entrar o horário eleitoral, vamos poder mostrar o que fizemos” ou “com o horário eleitoral vão me conhecer melhor e saber minhas propostas de mudanças”.

A essas alturas, talvez os estrategistas dilmistas estejam questionando o tempo, dinheiro e cargos que gastaram para conseguir 12 minutos no horário eleitoral. Sem falar no que custa produzir esses 12 minutos por dia, embora dinheiro não seja o problema da campanha.

Tudo isso só para reiterar a esses seis milhões, nas faixas de menor escolaridade e renda, que o Bolsa Família vai continuar, que Dilma é sua pastora e nada lhes faltará?

Não é muito caro para chover no molhado? Não estão pagando cada vez mais e fazendo maiores bandalhas por um tempo que vale cada vez menos?

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