Pode-se fazer a votação em horário dilatado ou em mais de um dia. Talvez postergar um pouco a data, mas permitindo que a posse dos novos eleitos fique dentro do previsto na legislação. Talvez até valha considerar a hipótese de suspender a obrigatoriedade do voto neste pleito. Claro, a palavra final é do Congresso. Vejo que outros se preocupam com isso, não estou sozinha.
A mostrar que não estamos sós e inertes nestes tempos de perdas dolorosas, de Covid e de violência como a que matou George Floyd, também os democratas se mexem para tentar respirar. Contra quem quer nos asfixiar, crescem movimentos suprapartidários dispostos a passar por cima de mágoas antigas e defender as instituições. Irmanados na resistência capaz de unir diferenças. Sem alimentar confrontos, projetos pessoais ou veleidades hegemônicas. Já vêm tarde e são muito bem-vindos. Definem-se a favor da Constituição, da vida, da saúde, da justiça, da educação, da arte, da ciência, da igualdade, da Amazônia, da responsabilidade na economia, da sustentabilidade, das instituições, da liberdade de imprensa.
Está difícil respirar democracia. Mas somos muitos. Juntos ganhamos alento e força.
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