É assim que chegam os primeiros ventos das eleições. Sem nomes novos ou ideias originais. Basta analisar a lista que vai habitar cédula eleitoral. Para quem ainda duvida, vai dar para conferir durante o horário eleitoral que daqui a pouco começa.
Sem risco de errar, atravessaremos meses de campanha eleitoral em horário nobre sem a transmissão de uma única informação útil. Na melhor das hipóteses, resta não assistir. Pelo menos para poupar os ouvidos e possivelmente o estomago.
O estranho é que a gente tenha se acostumado a isso. Já faz muito tempo que as mesmas caras se apresentam expondo ideias rarefeitas apoiadas em conceitos ultrapassados, polvilhados por doses generosas de cinismos.
O triste é que a ausência de novidades é apenas sintoma de doença em estado avançado. É resultado direto de um sistema político onde não mais existe relação entre o eleitor e o eleito. Crise de representatividade, enfim.
O país, segue, portanto, sequestrado por grupos políticos a esquerda ou a direita que transformaram o Estado em somatória de sesmarias hereditárias. A depender desses grupos, renovação é coisa a ser evitada. Nomes novos, nem pensar.
Sem a saudável oxigenação da renovação, o Estado brasileiro é reflexo e consequência de seu sistema eleitoral. Consegue ao mesmo tempo gastar mais do que pode e entregar nada nada do que deveria. E vai continuar assim. Perdemos o controle. E muito.
O sistema eleitoral brasileiro é gigantesca máquina de copiar experiencias falidas em graus decrescentes de qualidade. Uma verdadeira fábrica de velharias. A cédula eleitoral já anuncia que os próximos 4 anos serão feitos de passado.
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