Começava Patrocínio a ser hostilizado pelos propagandistas da República, que o acusavam de haver abandonado as suas fileiras, lisonjeado pelo beijo que a Princesa dera no seu filho pequeno, quando, num "meeting", o grande abolicionista tentou falar.
- O Brasil... - ia começando, quando se deteve.
Atribuindo aquela pausa a um estado de decadência, a multidão começou a rir. Patrocínio olhou-a, do alto, e continuou:
- O Brasil... que somos nós?
Silêncio absoluto.
- Sim; que somos nós? - tornou.
E formidável:
- Somos um povo que ri, quando devia chorar!
Coelho Neto, Discurso na Academia Brasileira de Letras
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