É um rude golpe nas crenças mais queridas dos companheiros marxistas. A consequência imediata é o desejo de um “liberalismo popular", com menos Estado e menos poder dos partidos e dos políticos. A grande maioria dos entrevistados quer métodos empresariais na gestão pública, como o eleitorado de João Doria. E de Trump. Como a receita ainda não foi testada nem é infalível, algumas gestões públicas “empresariais” serão bem-sucedidas e outras, fracassadas, dependendo das lideranças e da qualidade da administração.
É hora de dar adeus às ilusões e encontrar novas formas de representação popular na estrutura de poder da nossa democracia.
Apesar de funcionar muito bem em vários países, como pensar em parlamentarismo no Brasil com os parlamentares que temos? Imaginem os Renans, Lobões, Cunhas e Jucás nos principais postos do Executivo, além de exercer o governo de fato com o primeiro-ministro e o seu gabinete, partilhado com partidos da aliança majoritária. Como cada legislatura é sempre pior do que a anterior, segundo o “Axioma de Ulysses", o parlamentarismo é inviável no Brasil.
Como os partidos não representam mais ninguém, e são vistos de forma cada vez mais negativa pelo eleitorado, seria um grande avanço discutir candidaturas individuais independentes, como em várias democracias modernas.
Nelson Motta
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