Depois de ser elogiado nos meios jurídicos e políticos pela condução impecável da sessão do impeachment iniciada na quinta-feira, Lewandowski cedeu a um acordo bem tramado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e o PT. Turvou o processo que tão bem havia conduzido. E maculou a sua história.
De Lewandowski, e só dele, pode ser cobrada a estapafúrdia permissão de que fosse apreciada uma modificação na Constituição sem quórum qualificado, sem convocação para tal e em votação única.
Com isso, pela primeira vez na História, um dispositivo constitucional foi alterado pelo voto de menos da metade dos senadores, abrindo-se precedentes perigosíssimos. Não só para futuras cassações – a bancada pró Eduardo Cunha que o diga --, mas também ao rito de alterações na Carta Magna, que exige aprovação em comissão especial e de dois terços da Câmara e do Senado em duas votações.
Na sessão do dia 31 de agosto, o Senado cassou Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Constitucionalmente. E, irresponsavelmente, afrontou a lei maior do país com o aval e estímulo do presidente da mais alta Corte. Atentou contra a Constituição. Golpeou-a.
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