Num país de miseráveis e desempregados, inflação em alta, não há como justificar essa grana para campanhas eleitorais. Não há desculpa. Bolsonaro quis jogar a bomba no colo do Parlamento. Ora, sua base e os filhos Eduardo e Flávio estavam de acordo e votaram a favor do fundo bilionário. Será difícil vetar sem criar nova crise política.
Cada vez mais complicada a vida do PR. Mais uma vez, desencavou a facada de 2018, desfechada durante campanha eleitoral, por um sujeito desequilibrado, em Juiz de Fora (MG). O Capitão e seus filhos cibernéticos não perderam a oportunidade da obstrução intestinal (razão alegada da internação de Bolsonaro, semana passada), para acusar a oposição.
Os Bolsonaro só convencem os seguidores, que mugiram muito na semana passada. Assombrados por Lula, apostam em Adélio Bispo de Oliveira para 2022. Misturam nos twitters PSOL (Adélio foi filiado ao partido, e daí?) e PT para tirar proveito político da facada de 2018. Naquele ano, o gesto insano de Adélio levou o Capitão para o segundo turno. Em 2022, será diferente.
Adélio agiu sozinha, diz a PF. Tem transtorno mental delirante persistente, diz a Justiça. É considerado inimputável. e está internado por tempo indeterminado em instituição psiquiátrica. Acabou aí. O resto é história da carochinha que Bolsonaro bateu e rebateu na sua discutível internação da última semana.
No dia seguinte às “fortes dores” que o levaram ao hospital das Forças Armadas, em Brasilia, e, em seguida, ao Vila Nova Star, em SP, Bolsonaro literalmente passeou pelos corredores do hospital, sem máscara, fazendo selfies e lives, expondo pacientes e profissionais ao coronavírus.
O Vila Nova Star, com seus lençóis de 400 fios, camas inteligentes, serviço de hotel de luxo, fez nada para impedir as andanças do Capitão, incluindo visitas a pacientes, sempre sem máscara. De propriedade do bilionário amigo Jorge Moll, o hospital serviu de cenário para mais um escarcéu de Bolsonaro e a facada de Adélio. Restaram dúvidas.
De mal a pior, Bolsonaro vai perdendo a razão e a eleição futura. Quase impossível uma reeleição. Duro será esperar até janeiro de 2023 para comemorarmos um novo governo com pé, cabeça e rumo.
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