Esta semana a General Motors anunciou a demissão de 15 mil trabalhadores e o fechamento de montadoras nos Estados Unidos e no Canadá. O presidente Donald Trump afirmou-se indignado e ameaçou cortar subsídios fiscais para a empresa que figura entre as maiores do mundo. O fato de que o desligamento era importante para as finanças da GM não quer dizer, por si só, que os reflexos não atinjam negativamente a economia do país em que se verifica a redução de mão de obra. Tanto assim que o Banco Mundial e o FMI em suas análises sobre o panorama econômico incluem como fator importante o nível de emprego.
A demissão de trabalhadores implica na diminuição do parque fabril, por consequência da queda do consumo. Além disso, com a redução do consumo, é evidente, declina a receita de impostos.
No Brasil, o desemprego não só diminui a receita tributária, como também a arrecadação do INSS. Claro, como a Previdência Social arrecada sobre a folha de salário, se esta diminui, também a captação legal de recursos financeiros é deprimida…
Em nosso país o nível de desemprego permanece altíssimo, uma vez que o IBGE na sua última pesquisa calculou a existência de 12 milhões de trabalhadores e trabalhadoras na luta pelo seu retorno ao mercado de trabalho.
No caso brasileiro também acontece o seguinte processo: quando os empregados e empregadas permanecem por vários anos numa empresa seus vencimentos situam-se acima dos salários atualmente pagos àqueles que se iniciam ou retornam ao mercado Então o problema não é só o desemprego, é também o reemprego com menor remuneração.
Isso porque com o desemprego no alto a oferta de mão de obra segue com intensidade. Sistemas empresariais, diante deste quadro, reduzem a oferta de remuneração.
Assim o problema no Brasil não é apenas o índice de desempregados, é também uma forte e constante queda no rendimento do trabalhador.
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