Poderoso, construiu grandioso mausoléu exaltando a Justiça (a própria, que redigira para seus pares), bem protegido de qualquer brecha que exalasse fedor. Assim construído, ali se enterrou o nobre.
Nem se passou semana, que quando por ali passavam visitantes enterrando seus familiares nem tão nobres, nem sequer supremamente justos, torciam o nariz quando perto do mausoléu.
Não fedia o morto, como quisera, fedia, e muito, sua lembrança. Anotaram os cronistas da época que só ali se aspirava a Erva de Urubu.
Luiz Gadelha
Nenhum comentário:
Postar um comentário