Fico me perguntando se o futuro terá solicitações a ponto de, um dia, precisar buscar provas em algo cometido por nossos contemporâneos – pessoas, por exemplo, como Lula, Michel Temer, Aécio Neves, José Sarney, Paulo Maluf.
Tal busca não dependerá da sobrevivência desses indivíduos como múmias. Se, hoje, um fio de cabelo ou milímetro de unha já é suficiente para se levantar o DNA completo de alguém, imagine em 500 anos – a simples menção de seus nomes para uma máquina permitirá saber muito mais sobre eles do que pensamos conhecer hoje, com a Lava Jato e tudo.
Minha preocupação é sobre o juízo que o futuro fará de nós se eles resolverem pesquisar os citados. Com certeza se interessarão em saber como um mesmo país conseguiu produzir –e na mesma época!– pessoas tão semelhantes em ambição, cinismo, caráter (ou falta de), capacidade de iludir e desfaçatez pela coisa pública. Seria alguma coisa na atmosfera ou na água? Talvez organizem expedições às ruínas de Brasília, assim como, hoje, escavamos o Egito em busca das tumbas dos faraós.
Mas acho que o que mais os impressionará será: como o Brasil conseguiu não quebrar para sempre tendo essa turma no poder?
Minha preocupação é sobre o juízo que o futuro fará de nós se eles resolverem pesquisar os citados. Com certeza se interessarão em saber como um mesmo país conseguiu produzir –e na mesma época!– pessoas tão semelhantes em ambição, cinismo, caráter (ou falta de), capacidade de iludir e desfaçatez pela coisa pública. Seria alguma coisa na atmosfera ou na água? Talvez organizem expedições às ruínas de Brasília, assim como, hoje, escavamos o Egito em busca das tumbas dos faraós.
Mas acho que o que mais os impressionará será: como o Brasil conseguiu não quebrar para sempre tendo essa turma no poder?
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