Em fevereiro, a dívida avançou 2,66%, atingindo espantosos R$ 3,13 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional, e a inflação foi de apenas 0,33. Ou seja, é como se fossem aplicados à dívida juros reais de 2,33% em apenas 28 dias.
Se o país fosse uma empresa (em termos contábeis, não há maiores diferenças, é tudo “deve” e “haver”), estaria em situação de pré-insolvência, de pré-falência, qualquer estudante de Contabilidade em poucos minutos chegaria a essa conclusão, se tivesse acesso aos números, pois em 2018 o rombo nas contas públicas passará de R$ 79 bilhões para R$ 129 bilhões, vejam a que ponto chegamos.
Essa importantíssima e aflitiva situação não foi destaque em nenhum dos portais dos jornalões – Globo, Folha e Estadão. Um dia depois de a Secretaria do Tesouro anunciar os números, não foi possível encontrar nenhuma matéria a respeito. O problema da dívida só foi noticiado nos sites do G1, onde recebeu apenas 5 comentários, e no Valor, com escassos 3 comentários.
A expectativa do Tesouro Nacional é de um assustador aumento na dívida pública em 2017, que pode chegar aos R$ 3,65 trilhões. Se isso acontecer, a elevação, neste ano, será de R$ 538 bilhões, ou seja, 17,28%, para uma meta de inflação prevista em apenas 4,5% e que deve ser até menor. Isso significa crescimento real de quase 13%. É uma farra do boi, mas não vai durar para sempre, é claro.
Na vida, tudo tem limite, mesmo nesse capitalismo financeiro sem risco, praticado pelos rentistas a partir do patriótico governo FHC. Aliás, rentista foi um termo criado por Karl Marx para denominar aqueles que lucram sem produzir e esculhambam o que há de melhor no capitalismo – a vontade de empreender, de criar empresas e gerar empregos.
Se o país fosse uma empresa (em termos contábeis, não há maiores diferenças, é tudo “deve” e “haver”), estaria em situação de pré-insolvência, de pré-falência, qualquer estudante de Contabilidade em poucos minutos chegaria a essa conclusão, se tivesse acesso aos números, pois em 2018 o rombo nas contas públicas passará de R$ 79 bilhões para R$ 129 bilhões, vejam a que ponto chegamos.
A questão é justamente essa – por que não se dá à população o acesso a essaS informações, que são claramente escamoteadas pelo governo e pela mídia. O presidente da República acaba de gravar um vídeo e lançar nas redes sociais (não se exibe em cadeia na TV por medo do panelaço) para explicar a reforma da Previdência. No entanto, jamais fará o mesmo em relação ao maior problema do país – o descontrole da dívida, E nenhum jornalista se dá ao trabalho de entrevistá-lo a respeito, porque é assunto “fora de pauta”.
A expectativa do Tesouro Nacional é de um assustador aumento na dívida pública em 2017, que pode chegar aos R$ 3,65 trilhões. Se isso acontecer, a elevação, neste ano, será de R$ 538 bilhões, ou seja, 17,28%, para uma meta de inflação prevista em apenas 4,5% e que deve ser até menor. Isso significa crescimento real de quase 13%. É uma farra do boi, mas não vai durar para sempre, é claro.
Na vida, tudo tem limite, mesmo nesse capitalismo financeiro sem risco, praticado pelos rentistas a partir do patriótico governo FHC. Aliás, rentista foi um termo criado por Karl Marx para denominar aqueles que lucram sem produzir e esculhambam o que há de melhor no capitalismo – a vontade de empreender, de criar empresas e gerar empregos.
Em tradução simultânea, com a economia controlada por um financista chamado Henrique Meirelles, ex-presidente mundial do BankBoston e ex-presidente do Conselho de Administração do grupo JBS, maior exportador de carne do mundo e que deve mais de R$ 2 bilhões à Previdência Social, o Brasil está caminhando para o precipício e fingindo que há uma ponte para o futuro. É uma irresponsabilidade absurda. Mas quem se interessa?
Aonde estão os economistas, os contabilistas, os acadêmicos? Por que esse silêncio absoluto. Nas páginas de opinião dos jornais, não sai uma só linha a respeito. No entanto, em relação à reforma da Previdência, os artigos abundam, e sempre defendendo esse pacote de maldades que atinge os trabalhadores.
Quase todos estão se omitindo, criminosamente. A própria oposição foge do assunto, não quer discuti-lo, porque os sucessivos governos do PT agravaram o problema criado na Era FHC. É bom lembrar que até o governo de Itamar Franco a dívida interna era ridícula, mas cresceu a um ritmo médio de 24,8% ao ano no primeiro mandato de FHC. Subiu de R$ 43,5 bilhões, em 1995, para R$ 188,4 bilhões, em 1998, e nunca mais parou, até chegar a esse clímax apocalíptico.
Felizmente, ainda há quem se preocupe com a dívida, como o comentarista Luís Hipólito Borges, que instiga a Tribuna da Internet a insistir nesse tema árido e negativo. Para os jornalistas, é muito mais agradável criticar as posturas escalafobéticas de Gilmar Mendes ou Renan Calheiros, porque é mais fácil e rende leitores.
Mas logo surge Luís Hipólito Borges a nos lembrar que a PEC 55, que congela os gastos públicos por 20 anos, estrategicamente esqueceu de limitar os pagamentos da dívida, e os encargos dela já se aproximam de 50% do Orçamento Federal. E o comentarista questiona como funcionará a economia em déficit nos próximos anos. “Como serão remunerados os credores dessa dívida? O resultado prático, além do aumento do desemprego e da precarização do emprego através da terceirização, será também o aumento explosivo da violência generalizada”, diz Borges, acrescentando:
“Esse assunto do déficit primário e da dívida pública e seus efeitos no cotidiano da sociedade precisa ser mais explorado aqui na TI, pois é o que realmente nos interessa”.
Aonde estão os economistas, os contabilistas, os acadêmicos? Por que esse silêncio absoluto. Nas páginas de opinião dos jornais, não sai uma só linha a respeito. No entanto, em relação à reforma da Previdência, os artigos abundam, e sempre defendendo esse pacote de maldades que atinge os trabalhadores.
Quase todos estão se omitindo, criminosamente. A própria oposição foge do assunto, não quer discuti-lo, porque os sucessivos governos do PT agravaram o problema criado na Era FHC. É bom lembrar que até o governo de Itamar Franco a dívida interna era ridícula, mas cresceu a um ritmo médio de 24,8% ao ano no primeiro mandato de FHC. Subiu de R$ 43,5 bilhões, em 1995, para R$ 188,4 bilhões, em 1998, e nunca mais parou, até chegar a esse clímax apocalíptico.
Felizmente, ainda há quem se preocupe com a dívida, como o comentarista Luís Hipólito Borges, que instiga a Tribuna da Internet a insistir nesse tema árido e negativo. Para os jornalistas, é muito mais agradável criticar as posturas escalafobéticas de Gilmar Mendes ou Renan Calheiros, porque é mais fácil e rende leitores.
Mas logo surge Luís Hipólito Borges a nos lembrar que a PEC 55, que congela os gastos públicos por 20 anos, estrategicamente esqueceu de limitar os pagamentos da dívida, e os encargos dela já se aproximam de 50% do Orçamento Federal. E o comentarista questiona como funcionará a economia em déficit nos próximos anos. “Como serão remunerados os credores dessa dívida? O resultado prático, além do aumento do desemprego e da precarização do emprego através da terceirização, será também o aumento explosivo da violência generalizada”, diz Borges, acrescentando:
“Esse assunto do déficit primário e da dívida pública e seus efeitos no cotidiano da sociedade precisa ser mais explorado aqui na TI, pois é o que realmente nos interessa”.
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