sábado, 18 de março de 2017

Fora da validade

O Brasil está se descobrindo cada dia mais podre para o mal do povo e infelicidade geral da nação. Não foi assim que o país se via desde os tempos da frase célebre de d. Pedro I, que desejava o bem geral.

Definitivamente, apodreceu o espírito nacional com o corpo governamental e empresarial contaminado pela corrupção. (E ainda falta levantar que crimes ocorrem na saúde, educação e por aí vai. Ou acham que aí não houve contaminação?)


Vive-se na incerteza da podridão sem que os responsáveis pelo que apelidamos de governo tenham a vergonha na cara de anunciar providências, que não meras notas ou comunicados de imprensa. Temer, que se assanhou com os leilões dos aeroportos, vindo logo a divulgar notinha de auto-elogio, deveria comprar essa e outras brigas para, no mínimo, não entrar para a História vergonhosamente como Temer, o Conciliador.

Presidir um país não é o mesmo que presidir o saco de gatos peemedebista ou a Câmara de escândalos, como vem fazendo desde a ascenção ao Planalto.

A ação da Polícia Federal nos grandes frigoríficos nacionais, os campões nacionais que tinham porteiras abertas no BNDES para apanhar carregamentos de dinheiro, escancara o apodrecimento geral de um país. Não só se comia e come carne estragada, no embalo dos milionários anúncios televisivos, mas ainda se promovia a esperteza de exportar salmonela para o exterior, segundo as denúncias.

Se até então o brasileiro vivia com o roubo e o rombo públicos da Lava Jato, agora descobre que nem seu corpo foi poupado da infecção corruptiva.

O crime contra a saúde nacional se soma ao prejuízo à economia com o escândalo internacionalizado. O maior exportador de carne do mundo pode ver suas contas baixarem no setor, porque os estrangeiros prezam a saúde dos seus cidadãos e vão querer a mais rigorosa fiscalização para importar o produto brasileiro.
Luiz Gadelha

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