As revelações das empreiteiras, as infindáveis listas de políticos deixam claro que os partidos são muitos, por um só esquema de corrupção, movido por recursos subtraídos aos cofres públicos.
A queda de Dilma parou o país por meses a fio; em seguida surgiu a esperança de recuperação, de virar uma página e iniciar a nova vida econômica e social.
O clima positivo em volta do Planalto, apesar das escolhas de ministros contestáveis, se deteriorou rapidamente sem tirar o paciente da mesa ou melhorar seus sintomas.
O cirurgião Michel Temer perdeu os ajudantes recrutados nos primeiro embates, e outros estão na fila do abate. Com isso não conseguiu acertar qualquer ponteiro da economia, mantendo o quadro de forte recessão.
Infelizmente, a maior preocupação, como sempre, no Planalto, foi distribuir ministérios aos partidos, sem avaliar as vocações, a competência, sem dar uma orientação ou metas.
Cabeças brilhantes não entram nesses ambientes dominados por banqueiros e mequetrefes especialistas em especulação. Manteve como primeiro mandamento a engorda de partidos, e não o povo. A decepção e o descrédito cresceram, assim, com Temer.
O momento é grave. A economia brasileira parou de crescer e desde 2013 despenca em ritmo assustador, nos últimos dois anos repetiu a queda de 3,6%. Minas Gerais, um dos Estados mais vastos, populosos e ricos da Federação, conseguiu despencar pela segunda vez em 5%.
Quem tenta fazer sobreviver atividade nessa realidade de retrocesso enfrenta a burocracia mais esquálida do planeta. Que não é fator partidário, mas cultural em Minas.
As figuras são sempre as mesmas. Na Assembleia permanece o quadro de engorda, repetindo o Congresso. Todos alimentados pelos mesmos contribuintes esfolados. Nada justifica o que custam à nação, produzindo as causas de atraso, desemprego e miséria.
No painel ao lado do paciente os medidores sinalizam o agravamento. Mesmo assim, as medidas em discussão nos Parlamentos são estéreis, sem sinal de mudança. Na falta de ideias e programas, sugiro que se discuta uma forma de tornar crime hediondo a distribuição de cabides de empregos, de favores, de verbas sem utilidade para a nação.
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