Alguns equipamentos eram claramente insustentáveis desde a concepção. Caso do campo de golfe, construído por US$ 19 milhões em uma área de reserva natural. O local é público, mas, como ninguém pratica o esporte no Brasil, é inútil. Sua manutenção gira em torno de US$ 82 mil mensais.
Mesmo instalações para as quais havia algum simulacro de planejamento já começam a tomar a forma de paquidermes de concreto e metal. É o caso do Parque Olímpico da Barra. Ali, segundo Paes, a “criatividade” seria garantia de aproveitamento: parte dos estádios seria administrada por meio de uma parceria público-privada e outra parte seria desmontada e “transformada em escolas e ginásios em áreas mais pobres”.
Ainda que ocorra até o fim do ano, a licitação já tem oposição declarada do próximo prefeito, Marcelo Crivella, que se espantou com a conta que herdará: R$ 166,5 milhões a serem pagos pelo município por obras de adaptação ao longo de três anos. A partir deste prazo, a prefeitura arca com parte das despesas de duas das arenas, gastando até R$ 382,7 milhões.
Não dá para dizer que esse cenário é surpreendente. Mas os elefantes olímpicos cariocas cresceram muito mais rapidamente do que se podia supor.
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