A Dilma está se preparando para redigir uma carta dirigida aos brasileiros para tentar convencê-los de que não cometeu nenhum crime que justifique o seu afastamento do poder. Certamente vai pedir ao Lula para fazer o texto final, já que nos últimos dias de governo ela parecia meio descoordenada e mentalmente afetada nos seus pronunciamentos à nação. Pelo rascunho que mostrou aos companheiros de partido, já se sabe que a presidente vai desmentir veemente as acusações de que teria usado caixa dois na sua campanha presidencial, como disse na delação premiada a dupla Santana/Mônica ao juiz Sérgio Moro.
A presidente afastada quer negar o óbvio: de que na sua campanha não rolou dinheiro roubado da Petrobrás e de outras estatais, quando é acusada pelos próprios receptadores. A carta da Dilma pode ser um tiro no pé porque seus argumentos são frágeis, não convencem nem uma criança de escola infantil. Quer negar também as pedaladas, quando todas as investigações apontam que ela cometeu crime de responsabilidade. Portanto, Dilma teria que fazer um tratado – e não uma simples carta – para replicar todas as acusações que pesam sobre ela.
A presidente afastada quer negar o óbvio: de que na sua campanha não rolou dinheiro roubado da Petrobrás e de outras estatais, quando é acusada pelos próprios receptadores. A carta da Dilma pode ser um tiro no pé porque seus argumentos são frágeis, não convencem nem uma criança de escola infantil. Quer negar também as pedaladas, quando todas as investigações apontam que ela cometeu crime de responsabilidade. Portanto, Dilma teria que fazer um tratado – e não uma simples carta – para replicar todas as acusações que pesam sobre ela.
A Dilma aprendeu com Lula a negar tudo. É uma estratégia que ela ainda tem enquanto está solta. Na cadeia, certamente vai procurar o caminho da delação premiada para não terminar seus dias dentro de um presídio. Quando fez delação premiada, Cerveró acusou a presidente de conhecer toda negociata da compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Disse textualmente que ela “sabia de tudo, que tudo passou pela sua mesa”.
Com a acusação de Mônica, a presidente tentou escapulir do caixa dois e jogou a culpa nos dirigentes do PT. Disse que “se houve caixa dois na sua campanha, o PT deve se responsabilizar”. O Rui Falcão, diante da acusação, não deu um pio. Antes tão afoito, afeito aos enfrentamentos, agora o presidente do PT preferiu o silêncio a polemizar com a Dilma. Sabe que a sua batata está esquentando depois que Santana e Mônica abriram o verbo com o juiz Moro que, pacientemente, soube esperar pelo momento certo para obter as informações que precisava e daí, provavelmente, indiciar a Dilma pelos crimes cometidos. É só uma questão de tempo.
A presidente está no limbo, esquecida, atormentada. Isolada no Palácio do Planalto, não recebe visitas que não sejam as de seus advogados. Como está afastada do poder, os áulicos desapareceram. Uma vez ou outra o senador Cristovam Buarque, PPS, tenta melhorar o astral dela, dando-lhe esperança de que nem tudo está perdido. E que ele pode virar a casaca e reverter o voto que deu a favor do impeachment como se isso fosse mudar alguma coisa. Buarque, pasme!, passou a acreditar nas lorotas da Dilma depois que o seu partido compôs com o Temer, numa aliança necessária para a estabilização política. O senador é, hoje, o principal confidente dela, como dissidente do PPS.
Até o mais idiota dos idiotas sabe que a presidente não volta ao Palácio do Planalto. Que o seu mandato foi trincado pelo impeachment, que o país respira confiança e que a economia começa a dar sinais de recuperação. Mas o senador Buarque, que nos últimos anos vem pulando de partido como macaco pula de galho, virou o sacristão que leva conforto a Dilma certamente temendo pela repetição da história política do Brasil no fatídico 24 de agosto de 1954.
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