Funcionando no Congresso, são 27 partidos. Autorizados a existir, mesmo a título precário, somam 35. Não há quem possa citá-los todos, uns e outros. Mesmo assim, certeza não há de que a cláusula de barreira venha a ser aprovada. Já sofreu duas derrotas, uma no Legislativo, outra no Supremo Tribunal Federal. A redução do número de partidos é unanimidade no país inteiro, mas na hora de aprovar projeto nesse sentido, a maioria pula fora, por solidariedade a quantos seriam punidos pela supressão de suas legendas.
Quando vier, se vier, a reforma política será pífia.
Muito menos para a reforma previdenciária e a reforma trabalhista. A reforma fiscal, só se for para aumentar impostos.
Em suma, não vai mudar nada, em termos de alterações de vulto nas regras do jogo político-partidário. O país seguirá com virtudes e defeitos em sua legislação.
A razão é simples: não são essas as preocupações do cidadão comum, infenso a enxugar gelo. Para acoplar a ação administativa com os anseios nacionais seria preciso escalonar prioridades: combater o desemprego através da criação de frentes públicas de trabalho, por exemplo.
Do que necessitamos é de iniciativas capazes de minorar os efeitos da crise que nos assola. Jamais de perfumarias.
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A primeira sondagem da Datafolha a respeito da próxima sucessão presidencial, divulgada esta semana, revela o Lula na frente, no turno inicial. O companheiro bate, em sucessivos arranjos, Aécio Neves, Marina Silva, José Serra e Geraldo Alckmin, além de outros menos falados. Quando os dois primeiros vão para o segundo turno, o jogo dá empatado.
O que significam esses números? Que por enquanto prevalece a natureza das coisas, em momento algum revelando preferências, mas a simples constatação impossível de ser negada.
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