Pois bem, essas interrogações devem ser esclarecidas aos brasileiros antes que a Dilma meta os pés pelas mãos e sinta-se no direito de gastar o dinheiro do contribuinte sem fiscalização dos órgãos competentes como fez irresponsavelmente com os bancos oficiais no caso das pedaladas, crimes pelos quais está sendo processada e apeada do poder. Na condição de presidente afastada temporariamente, a Dilma deve ser vigiada de perto para não abusar das suas prerrogativas, caso ainda tenha algumas depois de sair da presidência.
Cabe ao STF – e não mais ao Congresso Nacional – regulamentar as atividades da ex-presidente, já que essa situação, como é atípica, não está regida pela Carta Magna. O afastamento da presidente é uma punição pelos crimes que ela cometeu à frente do governo, portanto, a lógica é de que ela não teria direito a nenhum tipo de benefício fora das suas funções, se o STF assim o entender. Se voltar ao poder, aí sim, teria seus direitos restabelecidos como determina a Constituição.
Espera-se, portanto, que o STF não se sensibilize com a destituição da presidente e, como prêmio de consolação, mantenha regalias que ela não teria por omissão das leis vigentes. Pelo menos é assim que o Supremo Tribunal Federal vem agindo nos últimos tempos. Quem não se lembra, por exemplo, do mensalão quando a Corte se utilizou de uma brecha casuística para reduzir a pena de vários criminosos petistas que depois seriam soltos beneficiados por esses artifícios?
É preciso desde já ditar as regras do jogo. Se o STF for benevolente em relação aos direitos da presidente que sai, não esclarecendo o que ela pode ou não pode fazer, cabe então ao presidente que entra vigiar os gastos e as mordomias da ex e de seus auxiliares para que o contribuinte não arque com o ônus de sustentar dois presidentes.
A intenção da Dilma, quando perder o cargo, é juntar-se aos movimentos sociais, que vivem às custas do dinheiro público, para promover badernas no país, como bem já disseram o ex-presidente Lula e o fundamentalista Rui Falcão. Querem provocar arruaças e promover uma convulsão social espalhando o medo e o terror sob o pretexto de que foram injustiçados e vítimas de um golpe, ignorando todo o trâmite legal que depôs a presidente a sua turma.
A notícia de que o STF freou um gasto de 80 milhões de reais que a presidente pedira ao Senado Federal em regime extraordinário é um bom sinal de que as instituições estão atentas às artimanhas do PT que iriam permitir, de última hora, encher os cofres do governo para promover a campanha contra o golpe.
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