Sejam nobres ou torpes os motivos, sempre que um governo compra parlamentares em massa com cargos e verbas para aprovar projetos que afetam as instituições democráticas, o preço dos interesses de um grupo de poder é a degradação do Congresso, o descrédito da política e, como o tempo mostrou, acaba castigando os beneficiários dos crimes.
Foi assim quando Sarney e seus aliados, em uma administração catastrófica, lutaram no Congresso com todos os seus recursos e argumentos… rsrs… pelos cinco anos de mandato. Depois de ser apedrejado num ônibus e sair de cena completamente desmoralizado, com inflação de 50% ao mês, até Sarney deve ter se arrependido. Poderia ter economizado, a si e ao país, um ano de vergonhas e humilhações.
Com o sucesso do Plano Real, a estabilidade econômica, as privatizações, o Brasil crescendo em ambiente democrático, o governo FHC ia tão bem que os tucanos concluíram que precisavam de pelo menos mais quatro anos para fazer a modernização do país. Com seu prestígio e popularidade, FHC poderia eleger quem quisesse para a tarefa, José Serra, Luiz Eduardo Magalhães, mas…
A emenda da reeleição custou muito mais do que esperavam, não só em dinheiro vivo e cargos no governo, mas na degradação do Congresso. Na euforia da reeleição, ninguém notou nada. O procurador-geral que não procurava nada, nada achou. E o segundo mandato, que tanto quis, foi um castigo para FHC.
A reeleição foi uma herança bendita para Lula, que pôde fazer um bom primeiro governo e tentar assegurar de todas as formas, com o mensalão, o petrolão e a compra de apoios, mais quatro anos no poder. E foi justamente em seu segundo mandato, no vale-tudo para eleger Dilma, que começaram a gastança, as fraudes e os erros de gestão que hoje devastam o país e o PT.
Com Dilma a situação chegou ao paroxismo na compra desesperada de parlamentares com cargos e verbas para tentar evitar o impeachment. A fisiologia da digestão sempre termina em …. vocês sabem.
O vendido sorri e agradece, mas odeia quem o compra, porque é testemunha de sua vileza e inferioridade. Jamais será um aliado fiel.
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