sábado, 16 de abril de 2016

Estrela cadente se despede

Mentira foi tudo mentira / Você não me amou / Mentira foi tanta mentira / Que você contou
(Tito Madi)

O PT está para se despedir do governo e do estrelato. Melancolicamente o partido da ética na política brasileira sai de cena mentindo, ameaçando os próprios brasileiros com seus "exércitos" mercenários, comprando votos favoráveis, com ministro aspone (e investigado pela Polícia Federal) instalado em hotel para comandar o fisiologismo, e apelando para chicanas na Justiça. Um prontuário criminal nada digno para quem bate no peito dizendo estar defendendo a democracia. Enfim, mostra a cara verdadeira de seus companheiros.

Quem defende democracia, adotando manobras criminosas, é grupo autoritário. Por mais que os tempos sejam de incerteza na próxima semana, o PT desde já declara guerra ao país se não aceitar suas condições de "pacto" ou "novo modo de governar". À beira da guilhotina, reza a Belzebu e faz promessas que de antemão sabe-se não serão cumpridas como todas as que cansou de anunciar em todos estes anos. Prenuncia até o caos, como profeta do apocalipse.

O partido que foi contra a Constituição de 1988, porque tinha uma constituição própria, não merece o respeito que exige. É demais aceitar que em uma semana se tornou santo depois de pactuar com o diabo e empreiteiras para vencer eleições e infernizar a vida de milhões de brasileiros com uma governança de mentira.

As barbaridades perpetradas durante 13 anos, que entristecem ex-petistas e revoltam tanto seguidores de velhos tempos, se avolumam nestes dias.

A cartilha da mediocridade é seguida à risca. Os aliados de ontem, que tanto lhes serviram em suas maracutaias extra-governamentais ou políticas, hoje são taxados de bandidos, menosprezados, vilipendiados.

O vice-presidente de dois mandatos é acusado de não ter sido eleito pelo voto, quando formou chapa com a presidente, e querer ganhar o cargo num "golpe". Desvirtuam, como de costume, a verdade segundo seus interesses, pois sem o vice e seu partido não conseguiriam manter-se no governo, como acontece agora.

Usufrutuários do país, não querem largar a boquinha que tanto enriqueceu empresários e principalmente políticos e seus familiares, sem contar a bandidagem comissionada.

Nem um gesto destes dias é prego sem estopa. Todos têm o único intuito de manter o status dos benefícios com o dinheiro público em troca de migalhas jogadas à sociedade brasileira como hóstias abençoadas pelo diabo. Jogam o vale-tudo, antes de escoarem pelo ralo como aposta política de um país melhor que imperou com apoio do crime institucionalizado.

Independente do resultado da votação do impeachment, a estrela é cadente. Surgiu como esperança de mudança, se esvai como exemplo de criminalização política. A ética que cobrou dos outros nunca exigiu nos próprios atos. Isso ninguém mais esquecerá.

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