Que perdeu é óbvio. O dinheiro - que nunca aceita desaforo - nomeou um banqueiro para tratar das finanças antes que não restasse mais nem uma moedinha de centavo no cofrinho. E o político? Aí já é preciso separar o joio do trigo. Numa democracia, esse poder pertence ao povo, vale dizer, ao conjunto dos cidadãos que elegem seus governantes. Este poder, ou melhor, a legitimidade desse poder, o PT governo perdeu em seu quarto mandato consecutivo. E perdeu por um placar igual ao da vitória do Alemanha sobre a seleção brasileira. Até pior: por 9 a 1.
Por que ainda estamos torcendo para o juiz apitar o final do jogo? É aí que entra o mistério. O outro lado da lua. Onde a democracia não é o governo do que promete ser do povo. É dos políticos e de seus patrocinadores. E sócios. Que tiram de sua misteriosa cartola ora um excêntrico Jânio Quadros, ora um desatinado Fernando Collor, e até um Fernando Henrique, o precursor de Luís Inácio Lula da Silva, o messias prometido por Fidel Castro para tirar Cuba da orfandade da União Soviética.
Agora,mais uma vez nós não sabemos que coelho vai sair dessa cartola. Como espectadores, nem sempre atentos na plateia desse teatro, chegamos a apostar: seria Michel Temer, o "articulador"? Ou seria Eduardo Cunha, o "insurgente"? Quem vai sair com mais uns trocados no bolso, dessa fila do "gargarejo"? Eu não me arrisco a apostar em ninguém. Porque o outro lado da lua é capaz de coisas que até o demônio duvida. Só sei que é impossível levar o andor de uma procissão com um santo em quem ninguém mais acredita. O PT virou Judas. E ninguém leva esse traidor para louvar no altar.
Então o que espera o circo para anuncia a nova atração do picadeiro?
Ora, espera aprontar nos bastidores, o outro lado da lua, um artista que não deixe o circo pegar fogo. Que mostre à plateia que a companhia tem nova direção. E se todos se unirem, o espetáculo vai continuar. Porque ele não pode parar. The show must go on.
Até lá, relaxem. Comam pipoca, tomem refrigerante, torçam pelo seu time no campeonato nacional.
Ou saiam de casa, mostrem que não são palhaços, reclamem do preço do ingresso. Exijam o devido respeito.
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