sexta-feira, 6 de março de 2015

O golpe que não é golpe

A batalha de Itararé entrou para a história, mesmo registrando mortos, como a batalha que não houve. Seria a primeira e a única em que entre mortos e feridos salvaram-se todos, simplesmente por que não aconteceu.

O conflito concedeu a Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, (1895-19712) o também inédito título de nobreza único da República: Barão de Itararé, um dos mais nobres críticos da avacalhada política nacional.

Tantos anos passados já ouvimos troar os canhões do Golpe da Oposição. Sem armas, sem exército e apenas com luvas de pelica e não me toques, que sou virgem, estaria orquestrando uma revolução. Capaz de estremecer a democracia popular petista. Segundo as mais bem desinformadas fontes vermelhas de raivas seria o grande golpe comparável ao Armagedon. No dicionário de Glauber Rocha, seria o Santo Guerreiro contra o Dragão da Maldade.

Espera-se novo fiasco histórico. Desta vez haverá um exército Brancaleone do MST partindo contra um adversário de superpoderes que não existe.

Mas aí está o Golpe do Mestre. É uma receita colorida: dizem que os outros vão tomar a poupança, e tomam eles; dizem que os outros vão governar com banqueiros, e lá vão eles enriquecer as burras dos banqueiros; os outros vão acabar com os direitos trabalhistas, acabam eles.

Agora vem o “golpe”. Já se vê quem está disposto a mais uma vez jogar a receita no caldeirão das crises que vão varrer o país.

O golpe é dos outros, mas quem verdadeiramente se prepara e ameaça derrotar a democracia, fazendo o diabo como nunca ante na História, para, custe o que custar se manter no governo, são os esfarrapos petistas. Osso bom cachorro não larga.

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