sexta-feira, 6 de março de 2015

Dilma pensou (?) que iria intimidar Renan e Cunha

Lista grande
A arrogância, a prepotência e o despreparo político da presidente Dilma Rousseff destruíram o que restava do governo dela, pois sem base parlamentar ninguém consegue administrar este país, conforme já ficou provado nos casos dos presidentes Jânio Quadros, João Goulart e Fernando Collor.

Como se sabe, Jânio nunca ligou para partidos. Tentou imitar Fidel Castro e renunciou, na ilusão de voltar ao poder nos braços do povo, e nada disso aconteceu. Jango era bem intencionado, mas despreparado, cometeu muitos erros, sua base parlamentar se diluiu e foi logo derrubado pelo golpe civil/militar. E Collor era como Jânio, também não ligava para partidos, julgava-se inatingível.

Agora, a inacreditável presidente Dilma Rousseff repete o erro desses antecessores. Despreza acordos políticos, não respeita os partidos de sua coalizão, ataca os próprios aliados e agora está totalmente isolada, sem a menor condição de continuar governando.

Ao mandar que os assessores do Planalto vazassem a informação de que os nomes de Renan Calheiros e Eduardo Cunha constam da lista de envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras, ingenuamente Dilma Rousseff pensou (?) que iria intimidar os presidentes do Senado e da Câmara, para submetê-los à sua vontade.

A justificativa, aparentemente, era esplêndida. O Planalto vazaria a informação de que, por solidariedade e companheirismo, Dilma fizera a gentileza de alertar Renan e Cunha sobre a inclusão de seus nomes na lista, para que pudessem começar logo a se defender. E os dois nem poderiam reclamar, pois Dilma apenas estaria tentando ajudá-los…

Mas acontece que Renan e Cunha não nasceram ontem. São duas raposas políticas de larga experiência. Se Dilma tivesse informado a eles, sigilosamente, a inclusão na lista, eles com toda certeza ficariam agradecidos e poderiam até ajudar o Planalto a reconstruir a base aliada, fragmentada desde a atuação dos aloprados de Mercadante que tentaram derrotar Eduardo Cunha na eleição da Câmara.

É claro que Renan e Cunha imediatamente perceberiam que o erro grosseiro e grotesco de Dilma foi proposital. O Planalto fez questão de vazar ardilosamente a notícia altamente desabonadora, embora em Brasília todos saibam que o ministro Teori Zavascki, relator dos processos no Supremo Tribunal Federal, não iria divulgar de imediato os nomes dos 54 listados pelo procurador Rodrigo Janot. E até teve o cuidado de avisar que somente vai fazê-lo de uma vez só. Todos juntos, para não prejudicar uns mais do que os outros.

E como procedeu o Planalto? Simplesmente fez o oposto do que sugeriu Zavascki, vazando propositadamente para a imprensa apenas os nomes de Calheiros e Cunha, sem que se tenha uma maior noção das provas sobre o envolvimento dos dois no esquema de corrupção montado pelo PT para se eternizar no Poder.

Com dizia o genial Chico Anysio, na pele de seu personagem “Bento Carneiro”, o vampiro brasileiro, a vingança de Renan e Cunha “será maligna”. A base aliada foi definitivamente para o espaço, não existe mais a menor condição de governabilidade. Para o bem de todos e felicidade geral da nação, esta senhora deveria renunciar e ir cuidar do netinho.

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