Jair Bolsonaro já está eleito. Com ou sem voto.
A decisão do comandante do Exército de poupar Eduardo Pazuello mostra que a cúpula militar imitou o gordinho bolsonarista e subiu no palanque de seu presidente. Se ele ganhar em 2022, leva. Se não ganhar, leva de qualquer maneira.
Na verdade, subir no palanque de Jair Bolsonaro foi o menor dos delitos de Eduardo Pazuello. O que ele fez durante a epidemia foi incomensuravelmente mais danoso para os brasileiros. Isentando-o, o Exército isentou-se de sua própria responsabilidade, sobretudo no que se refere à cloroquina.
Eduardo Pazuello, num jogo combinado, deve ir para a reserva depois da CPI da Covid, abafando a patuscada do Alto Comando. Mas isso não elimina o fato de que os militares já decidiram quem deve ganhar em 2022 – mesmo que ele perca.
O golpe está dado. A dúvida é se haverá um contragolpe.
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