Ela é de um eminente marechal e acaba de ser lembrada pelo jornalista Larry Rohter, colunista da revista “Época”, ex-correspondente no Brasil do “New York Times” e autor de “Rondon, uma biografia”.
No seu livro, Rohter afirma que “Rondon, com sua vigorosa defesa dos povos indígenas e de suas terras, evitou um genocídio”. Ao contrário, o capitão Bolsonaro, quando deputado, lamentou: “pena que a cavalaria brasileira não tenha sido tão eficiente quanto a americana, que exterminou os índios”.
O general e vice-presidente Hamilton Mourão garante que hoje “não tem general fardado metido em política”. Fardado, pode ser. Mas vestido à paisana há pelo menos o caso do general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, que se escondeu para observar uma manifestação contrária. “Fiquei disfarçado no gramado em frente ao Congresso observando o pessoal”, confessou. Ele foi aquele que em entrevista à “Veja” advertiu o “outro lado” a não “esticar a corda”.
Os feitos de Rondon, o Pacificador, o Patrono das Comunicações, não cabem neste espaço. Eis alguns: fundou o Serviço de Proteção ao Índio, percorreu mais de cem mil quilômetros abrindo estradas, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pelo The Explorers de NY, teve o seu nome no Livro de Heróis da Pátria e no Panteão da Pátria em Brasília. E muito mais.
Com um personagem como esse à disposição, quem o capitão Jair Bolsonaro escolheu como seu herói? Ninguém menos que o coronel Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador. Será preciso dizer mais alguma coisa?
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