Foi para a cadeia o maior empreiteiro de obras públicas, herdeiro e multiplicador de práticas ilícitas iniciadas por seu avô, os baianos Odebrecht, e com ele seus cúmplices da mesa onde eram partilhadas as licitações e fatiadas as propinas que enriqueceram fartamente presidentes da República, senadores, governadores, ministros, deputados, prefeitos, enfim, os que tinham o poder de decidir para quem iria a contratação de obras ou prestação de serviços, em troca de generosas propinas.
Dirigentes das maiores empreiteiras, que, além de Odebrecht, respondem de Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior, Engevix, UTC, Iesa, e muitas outras, formam o tabuleiro cujas peças vêm sendo, uma a uma, retiradas do jogo. Muito ainda está por acontecer, muitos serão enjaulados. Não há volta, embora ainda muitos larápios estejam valendo-se da falência pontual de nossos códigos para procrastinar o dia final, o que se dará o alcance da lei.
Quebraram o Brasil, transferiram a países parceiros de suas fraudes bilhões de dólares em bem-costuradas operações cujo polo foi o BNDES, principalmente. Essa é uma das caixas-pretas que ainda recusam-se a ser abertas. Qualquer estatal brasileira, qualquer mesmo, independentemente do segmento onde esteja, seja federal, estadual ou municipal, não resiste a um pente-fino, a uma auditoria com o mínimo rigor. Se demorarem os que têm poder e autoridade para cercar a fraude e a ladroagem, nada vai sobrar.
Ao trabalho, senhores do Judiciário. Agilizem suas ações.
Ainda há vagas nas penitenciárias para bandidos de fino trato.
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