É muito cinismo da dupla sair por aí visitando obras das empreiteiras em que se locupletaram com milhões e milhões de reais. Empresas que abasteceram os cofres petistas com o dinheiro roubado do contribuinte. A Dilma, agora com direito a uma polpuda aposentadoria como ex-presidente, desfila pelo exterior falando idiomas desconhecidos dos terráqueos e difamando o país que governou. Querem juntar os cacos para se apresentarem como personagens novos da política em 2018. E mais: divulgam ser a salvação do país com fórmulas mágicas para recuperar a economia que eles mesmos destroçaram.
Nada disso que escrevi aí em cima saiu de um esquete de humor. É uma ação da dupla do barulho que vai começar a percorrer o país para tentar voltar ao poder ou, na pior das hipóteses, reativar o PT esfacelado e atolado até o pescoço no esquema de corrupção. Lula é o mestre de cerimônia. Apresenta-se como vítima, numa fantasia de honesto, e ataca como pode a Justiça pelos cinco processos a que responde por corrupção. Ao depor em Brasília sobre as acusações do senador Delcídio do Amaral aproveitou para fazer um discurso político em vez de responder concretamente as perguntas do juiz que se limitou aos autos do processo. Esqueceu-se que ali, perante o juiz, o que vale são as provas, o discurso é balela de palanque.
Sem ter o que fazer na vida, a dupla do barulho abriu o calendário de visitas ao Nordeste para campanha de 2018. Neste fim de semana foi inaugurar parte da Transposição do São Francisco na Paraíba, depois que Michel Temer entregou para a população as obras que se arrastavam há mais de quinze anos. Numa loucura monumental, que nem Freud explicaria, os dois decidiram que também deveriam fazer a sua inauguração como se as obras tivessem sido pagas por eles, com dinheiro do bolso deles. Quanta fantasia, quanto peleguismo, quanta excrecência de um partido apodrecido que ainda tenta levar o povo brasileiro no bico com as suas alegorias.
Para a grande maioria da população, o Lula é uma liderança caduca. Sua lábia ainda causa efeito nos torrões mais pobres do Nordeste, onde o Bolsa Família compra todo mundo que tem no programa a sua única alternativa de vida. E disso se aproveitam os sanguessugas petistas para sobreviver na política roubando os cofres públicos e distribuindo migalhas para uma população miserável. Quanto a Dilma, coitada!, até hoje não sabe que governou o país tal o nível de indigência mental. Mas, para não perder a carona, gruda-se como carrapato em Lula para sobreviver politicamente.
Sinceramente, o Brasil não parece um país amadurecido. Seus governantes vivem de sinecura até hoje. Quando De Gaulle veio aqui em 1962 profetizou: “Este não é um país sério”. O presidente francês estava irritado por causa da proibição da pesca de lagostas por barcos franceses no mar territorial brasileiro.
Mas todo político usa da diplomacia que lhe convém para eternizar as suas frases. Mesmo não sendo nenhuma Brastemp, De Gaulle parece ter acertado na mosca ao dar uma bronca nos governantes brasileiros e imortalizar, com algumas palavras, o conceito que tinha sobre o Brasil.
Não esperava o presidente francês que, cinquenta e cinco anos depois, um político brasileiro traduzisse em bom português o que ele realmente pensava sobre o nosso país. Esse feito coube ao nobre senador Romero Jucá: “O Brasil é uma suruba!”.
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