Faz tempo são múltiplos os exemplos da desmoralização do poder público, desde as manifestações dos chamados black blocs nas ruas de São Paulo e outras capitais, até a baderna que há semanas sucede-se no Rio, defronte à Assembleia Legislativa. Nem se fala dos arrastões verificados nas praias e em subúrbios da antiga capital. Tomem-se as rebeliões nos presídios do país inteiro, com a degola de presos e, apesar de a imprensa omitir, até cenas de canibalismo.
O último capítulo dessa novela de horror acontece pela iniciativa das mulheres de policiais militares, certamente também dos próprios, deixando as cidades entregues ao crime, às depredações, assaltos e assassinatos.
Mas a segunda falha é mais profunda, na demonstração da incapacidade de o governo reagir. Por isso, desmoraliza-se. Deixa de aplicar os mecanismos postos a seu dispor para manter a ordem. Tenta dialogar como se o dialogo fosse entre a guilhotina e pescoço, contribuindo para a falência do Estado organizado, que abdicou de suas obrigações. Mostra-se, a administração Temer, incompetente para cumprir os objetivos de sua própria existência.
Tanto na Grécia Antiga quanto no Brasil Colonial, as mulheres agiram, interditando suas camas aos maridos derrotados, até que voltassem com a vitória. Jamais agredindo a sociedade com sua impotência, tornando impossível a vida ao seu redor.
Ministros vão e voltam do Espírito Santo e outros Estados, mas sempre dando provas de recuar diante da falta de autoridade de suas pálidas presenças. Só resta às mulheres de Vitória tomarem o poder…
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