quarta-feira, 2 de novembro de 2016

PT e PCdoB manipulam os líderes estudantis

Já está confirmado que 192 mil alunos não vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no próximo fim de semana e terão as provas remarcadas para os dias 3 e 4 de dezembro. Em diversos Estados, 304 escolas estão ocupadas por lideranças estudantis ligadas ao PT, ao PCdoB e a instituições como a UNE, a UBES e os chamados movimentos sociais. E esse número deve aumentar com a ocupação de outros colégios nos próximos dias.

O Planalto está preocupado e não faltam motivos. Houve o impeachment, o PT e seus aliados perderam o poder e agora foram arrasados nas eleições municipais, mas vão vender caro essas derrotas. A mobilização é feita em cima da denúncia do golpe, da ascensão dos fascistas, do corte dos programas populares e da perda de direitos trabalhistas e previdenciários. Ou seja, existe terreno fértil para radicalizações.

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Os jovens são idealistas pela própria natureza, sonham com um mundo melhor, preocupam-se com as injustiças sociais, percebem que a riqueza total jamais poderá conviver pacificamente com a miséria absoluta. O desemprego atinge suas famílias, passam dificuldades, a revolta é inevitável e se tornam facilmente manipuláveis.

No Paraná, um dos estados menos atingidos pela crise, a radicalização estudantil deu certo, a despropositada ocupação nas escolas está se revelando um movimento eminentemente político, sem qualquer compromisso com a melhoria da educação. E a mobilização já se espalhou pelo país.

A repórter Amanda Acosta, do “Jornal da Cidade”, revela que o principal líder do movimento, Mateus dos Santos, não é um estudante comum. Trata-se do presidente da seção estadual da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). “É um ‘estudante profissional’ ou um ativista político filiado ao PCdoB, disfarçado de estudante”, relata a jornalista, assinalando que “o lugar menos frequentado pelo jovem militante é a sala de aula”.
Além de presidir a UBES no Paraná, Mateus dos Santos também dirige a União da Juventude Socialista (UJS), tem fortes ligações com o deputado federal Zeca Dirceu, filho de José Dirceu, e nas redes sociais pode ser visto em fotos ao lado do ex-presidente Lula. Detalhe importante: o PCdoB também controla o Movimento dos Trabalhadores Sem- Teto (MTST), uma versão urbano do MST dos sem-terra, que reforçam as ocupações das escolas.

Essa ação política estudantil é apimentada pelo uso de drogas nas ocupações, e na segunda-feira passada, dia 24, um adolescente de 16 anos, Lucas Eduardo Araújo Mota, foi morto a facadas por outro colega, de 17 anos, na ocupação do Colégio Estadual Santa Felicidade. Segundo a Secretaria da Segurança, os dois se desentenderam após usarem uma droga sintética, chamada “balinha”.

 Se o cineasta Glauber Rocha estivesse em cena, veria que sua “Terra em Transe” continua atual. Enquanto o PT e o PCdoB se desmoronam eleitoralmente e até já existe um movimento de 40 parlamentares petistas para deixarem o partido e criar uma nova sigla, os radicais do sindicalismo e dos movimentos sociais ameaçam a estabilidade do país em nome da ressurreição do PT.

É uma maluquice sem a genialidade de Glauber Rocha, porque o processo não tem pé nem cabeça. Os militantes estudantis da UNE e da UBES, apoiados pelos “exércitos” de Stédile e Boulos, tentam desestabilizar o governo para possibilitar a volta do PT ao poder, enquanto o próprio Lula da Silva está totalmente alijado do processo e só pensa em pedir asilo ao Uruguai, onde um dos seus filhos roedores (Luís Cláudio), investigado na Operação Zelotes, estrategicamente já encontrou abrigo.

Ou seja, trata-se de um movimento radical de protesto que no final nem será liderado por Lula. É uma corrida quixotesca para nada, em nome de coisa alguma, e os maiores prejudicados são os próprios estudantes das escolas públicas.

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