Cheguei à tarde. O comício era à noite.No aeroporto,faixas e uma charanga tocando a musica da campanha.Vi logo o François: “François, companheiro!”
François deu um passo à frente, me abraçou e disse ao ouvido: “Nery, não fale em François, pelo amor de Deus. Aqui em Londrina sou o doutor Leite Chaves, advogado. François aqui é cabeleireiro”.
O doutor Leite Chaves, em plena ditadura, fez uma campanha brilhante pela oposição, ganhou e foi um senador valente e exemplar.
O Mensalão estava em Londrina com Janene. O Petrolão também está em Londrina com o mesmo Youssef do Mensalão. E reaparece a historia rocambolesca do Janene, depois feito cadáver insepulto. E não é que quem assinou o atestado de óbito do Janene foi o Youssef?
Na “Folha de São Paulo” a Estelita Carazzai e a Marina Dias contam que quando o governo de Lula surfava em popularidade, seu ministro Paulo Bernardo e a senadora Gleisi Hoffmann (PT), mulher dele, tinham agenda cheia no Paraná.
Afastado do ministério, Bernardo foi enfim preso e depois solto. À frente do Planejamento entre 2005 e 2010, com o orçamento federal na mão, aproximou-se de prefeitos e deputados. Apesar de eleito para três mandatos, era conhecido apenas em sua base eleitoral, o norte do Paraná, para onde se mudou em 1982. Lá iniciou carreira no sindicalismo, dirigindo o Sindicato dos Bancários de Londrina.
Com a mulher, Bernardo construiu uma parceria política. Em 1999, ela o acompanhou para ser secretária de Estado no Mato Grosso do Sul, durante a gestão Zeca do PT – ele assumiu a pasta da Fazenda. Também foi assim em Londrina, em 2001 e 2002, quando foram secretários municipais.
Em 2003, quando voltou à Câmara e ela assumiu a diretoria financeira de Itaipu (onde há dinheiro o PT vai atrás), as carreiras do casal decolaram. Bernardo era um dos principais articuladores das campanhas de Hoffmann. Embora parte da militância torcesse o nariz (logo o narizinho!) para eles, não conseguiram conquistar o eleitor paranaense, avesso ao PT.
Com a rejeição ao governo Dilma e as denúncias envolvendo o PT, o plano foi abaixo. A votação de Hoffmann caiu de 2,2 milhões em 2006, quando concorreu ao Senado, para 881 mil na sua última campanha ao governo, em 2014. A senadora chegou a ser hostilizada no aeroporto de Curitiba. Em maio, ela e Bernardo foram denunciados ao STF (Supremo Tribunal Federal) sob acusação de corrupção.
Em 2003, quando voltou à Câmara e ela assumiu a diretoria financeira de Itaipu (onde há dinheiro o PT vai atrás), as carreiras do casal decolaram. Bernardo era um dos principais articuladores das campanhas de Hoffmann. Embora parte da militância torcesse o nariz (logo o narizinho!) para eles, não conseguiram conquistar o eleitor paranaense, avesso ao PT.
Com a rejeição ao governo Dilma e as denúncias envolvendo o PT, o plano foi abaixo. A votação de Hoffmann caiu de 2,2 milhões em 2006, quando concorreu ao Senado, para 881 mil na sua última campanha ao governo, em 2014. A senadora chegou a ser hostilizada no aeroporto de Curitiba. Em maio, ela e Bernardo foram denunciados ao STF (Supremo Tribunal Federal) sob acusação de corrupção.
Agora a Lava Jato descobriu o golpe do roubo “miúdo miudinho”, como no “xaxadinho”, sobre os empréstimos consignados dos pobres, pensionistas e aposentados.
Bernardo tinha medo de ser preso desde 10 de abril de 2015, quando o ex-deputado André Vargas era levado à prisão pela operação Lava Jato. Vargas era conhecido como operador de Paulo Bernardo desde que era deputado no Paraná. Quando o ex-secretário de comunicação do PT foi preso, Bernardo achava que seria o próximo. Em 2015, Dilma suspendeu a nomeação de seu ex-ministro das Comunicações para a diretoria-geral brasileira da hidrelétrica Itaipu.
Está na hora de Londrina deixar os Janenes dormirem em paz.
Bernardo tinha medo de ser preso desde 10 de abril de 2015, quando o ex-deputado André Vargas era levado à prisão pela operação Lava Jato. Vargas era conhecido como operador de Paulo Bernardo desde que era deputado no Paraná. Quando o ex-secretário de comunicação do PT foi preso, Bernardo achava que seria o próximo. Em 2015, Dilma suspendeu a nomeação de seu ex-ministro das Comunicações para a diretoria-geral brasileira da hidrelétrica Itaipu.
Está na hora de Londrina deixar os Janenes dormirem em paz.
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