Se os Originais do Samba estivessem ainda atuando, certamente não seriam convidados para cantar em Brasília o sucesso de Ari do Cavaco, “Reunião de Bacana: “se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”. O risco seria o Congresso Nacional ficar quase entregue às moscas.
O compositor morto em 2011 era um visionário: previu a Lava Jato
Imaginem se ele ainda hoje estivesse compondo seus sambinhas, num ambiente onde até o Japonês da Federal foi em cana.....
Não se sabe se outros expoentes da corrupção vão seguir o mesmo caminho. Parece que não. Duvida-se que o Supremo encane Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney e Eduardo Cunha, entre outros menos votados. Pelo menos agora. Como até hoje não encanou o Lula.
A impressão que se tem é que não vai acontecer nada e que o Japonês da Federal vai ficar sozinho na sua cela.
Parece que ninguém quer se meter com políticos de peso, resumindo as punições mais severas a empresários e afins. Coitado do Delcidio do Amaral, bode expiatório cujo exemplo não serviu para nada.
Como vivemos um momento de vergonha nacional, convenhamos que prender o Presidente do Senado a esta altura do campeonato poderia colocar em risco o processo de impeachment: seria uma jogada magistral em apoio aos que querem a volta de Dilma.
Há quem esteja se perguntando se o Janot estaria jogando no time do PT com estes pedidos de prisão que só agora vieram à tona.
O Supremo deve ter desconfiado que só deve mandar prender o Renan depois da votação final do impeachment, para não bagunçar ainda mais o coreto.
Enquanto isso, a corrupção segue em frente solta e faceira, com políticos roubando até de merenda escolar, muitos deles protegidos pelo infame foro privilegiado, excrescência que persiste. E que vai persistir. Julio Cesar já dizia em pleno senado romano que não existe congresso suicida. Nenhum dos “ínclitos” representantes do povo vai querer diminuir seus privilégios tão ”duramente conquistados” através de campanhas infladas com dinheiro sujo.
E nada de reforma politica, sem a qual não há futuro que se possa vislumbrar para o país, dentro do regime democrático.
Infelizmente, parece que o modelo italiano da Operação Mãos Limpas vai ser tropicalizado, deixando os figurões da política e as empresas corruptas atuando impunemente. As grandes empreiteiras que estão afanando os cofres públicos teriam que acabar mesmo com sua prática histórica de mamar nas tetas do governo e mudar de ramo. É uma falácia dizer que sem elas o Brasil vai parar, quando, na verdade, foram elas que pararam o Brasil. Tem um monte de outras empreiteiras menores que pegariam o serviço de bom grado, e em moldes mais decentes dos que os atuais. Pelo menos no início...
Outro dia assisti no SECOVI mais uma brilhante palestra do professor Modesto Carvalhosa, que, na sua luta contra a corrupção, continua se batendo pela adoção pelo Brasil dos “performance bonds”, que colocam as seguradoras entre as empreiteiras e o governo, zelando e garantindo que as obras sejam feitas de acordo com o orçado e dentro dos cronogramas estabelecidos. “Performance bond” existe nos Estados Unidos há 120 anos.
Mas, ao que tudo indica, as coisas não vão mudar muito, a despeito da Lava Jato. As declarações gravadas de Renan, Jucá, Sarney e Cunha são a mais clara demonstração de que no fundo eles não querem consertar o Brasil. Querem deixar as coisas como estão, manter um “status quo” que lhes trouxe enormes benefícios e lhes permitiu amealhar colossais fortunas inconfessáveis.
A boa notícia é que pelo menos o Eduardo Cunha está em maus lençóis, com sua mulher tornada ré. Ela, que tanto esbofeteou nossa cara esbanjando riqueza e luxo pelo mundo afora, está seriamente arriscada a passar uma boa temporada na cadeia sem poder usar a enorme quantidade de bolsas e sapatos Chanel e Luis Vuiton que comprou nos últimos tempos. E pode levar seu marido junto, ele que continua dizendo que não tem contas bancárias no exterior.
O fato é que de ouvir tantos e tantos escândalos, um atrás do outro, não me sai da cabeça o samba “Reunião de Bacana” e seu refrão magistral e contemporâneo: “se gritar pega ladrão, não sobra um meu irmão.
Talvez esteja aí a chance do Brasil recomeçar.
A impressão que se tem é que não vai acontecer nada e que o Japonês da Federal vai ficar sozinho na sua cela.
Parece que ninguém quer se meter com políticos de peso, resumindo as punições mais severas a empresários e afins. Coitado do Delcidio do Amaral, bode expiatório cujo exemplo não serviu para nada.
Como vivemos um momento de vergonha nacional, convenhamos que prender o Presidente do Senado a esta altura do campeonato poderia colocar em risco o processo de impeachment: seria uma jogada magistral em apoio aos que querem a volta de Dilma.
Há quem esteja se perguntando se o Janot estaria jogando no time do PT com estes pedidos de prisão que só agora vieram à tona.
O Supremo deve ter desconfiado que só deve mandar prender o Renan depois da votação final do impeachment, para não bagunçar ainda mais o coreto.
Enquanto isso, a corrupção segue em frente solta e faceira, com políticos roubando até de merenda escolar, muitos deles protegidos pelo infame foro privilegiado, excrescência que persiste. E que vai persistir. Julio Cesar já dizia em pleno senado romano que não existe congresso suicida. Nenhum dos “ínclitos” representantes do povo vai querer diminuir seus privilégios tão ”duramente conquistados” através de campanhas infladas com dinheiro sujo.
E nada de reforma politica, sem a qual não há futuro que se possa vislumbrar para o país, dentro do regime democrático.
Infelizmente, parece que o modelo italiano da Operação Mãos Limpas vai ser tropicalizado, deixando os figurões da política e as empresas corruptas atuando impunemente. As grandes empreiteiras que estão afanando os cofres públicos teriam que acabar mesmo com sua prática histórica de mamar nas tetas do governo e mudar de ramo. É uma falácia dizer que sem elas o Brasil vai parar, quando, na verdade, foram elas que pararam o Brasil. Tem um monte de outras empreiteiras menores que pegariam o serviço de bom grado, e em moldes mais decentes dos que os atuais. Pelo menos no início...
Outro dia assisti no SECOVI mais uma brilhante palestra do professor Modesto Carvalhosa, que, na sua luta contra a corrupção, continua se batendo pela adoção pelo Brasil dos “performance bonds”, que colocam as seguradoras entre as empreiteiras e o governo, zelando e garantindo que as obras sejam feitas de acordo com o orçado e dentro dos cronogramas estabelecidos. “Performance bond” existe nos Estados Unidos há 120 anos.
Mas, ao que tudo indica, as coisas não vão mudar muito, a despeito da Lava Jato. As declarações gravadas de Renan, Jucá, Sarney e Cunha são a mais clara demonstração de que no fundo eles não querem consertar o Brasil. Querem deixar as coisas como estão, manter um “status quo” que lhes trouxe enormes benefícios e lhes permitiu amealhar colossais fortunas inconfessáveis.
A boa notícia é que pelo menos o Eduardo Cunha está em maus lençóis, com sua mulher tornada ré. Ela, que tanto esbofeteou nossa cara esbanjando riqueza e luxo pelo mundo afora, está seriamente arriscada a passar uma boa temporada na cadeia sem poder usar a enorme quantidade de bolsas e sapatos Chanel e Luis Vuiton que comprou nos últimos tempos. E pode levar seu marido junto, ele que continua dizendo que não tem contas bancárias no exterior.
O fato é que de ouvir tantos e tantos escândalos, um atrás do outro, não me sai da cabeça o samba “Reunião de Bacana” e seu refrão magistral e contemporâneo: “se gritar pega ladrão, não sobra um meu irmão.
Talvez esteja aí a chance do Brasil recomeçar.
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