terça-feira, 14 de junho de 2016

Programas de governo e partidos são uma ode ao vazio


Alguém será capaz de resumir o programa do governo Michel Temer? Em dez postulados que sejam, quem se anima? Também, nos cinco anos de exercício no poder, como se definiria o governo Dilma? É bom nem olhar para trás, no caso, os dois mandatos do Lula. E outros, de Fernando Henrique a Fernando Collor e a José Sarney. Escapa apenas Itamar Franco, para depois cairmos no período militar.

A conclusão é de faltar um plano diretor ao Brasil. Nas sucessivas administrações da Nova República, inclusive agora, com Michel Temer, nunca apareceram programas ordenados e definidos. A começar pelas mais recentes. No máximo um conglomerado de iniciativas esparsas e conflitantes, sem começo, meio ou fim.

Ficará sem resposta quem indagar o que pretende Michel Temer. Habitamos um país sem rumo.

Também, um país sem partidos, em meio a 35 legendas que naufragam. Nos programas de todos, batem cabeça as siglas mais diferentes, a maioria utilizando rótulos como “social”. “democrata”, “dos trabalhadores” ou “populares”. Até os “comunistas” nada tem a ver com os complementos.

Quando se volta a falar em definições, bem que valeria à pena convocar seus dirigentes para ver como carecem de objetivos. Do PMDB ao PT e ao PSDB, configuram uma ode ao vazio. Uma falta de metas.

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