sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Vai jujuba aí?

Se era para marqueteiramente demonstrar austeridade, os potes de jujuba servidos aos convidados do Conselhão simbolizaram a reunião: balinha para adoçar o "venerável público".  

Sem ter o que oferecer ao país senão dívidas, sofrimento e potes até aqui de lágrimas, Dilma ainda é insensível ao empacar mais uma vez na "matriz econômica" que levou, junto com as crises políticas e a Lava-Jato, o país para o poço, puxado pelo desmanche da Petrobras.

Com a costumeiramente cara de pau, besuntada de óleo de peroba, a presidente insiste em alavancar a retomada econômica através do incentivo ao consumo. A novíssima matriz não tem nada de novo. Mas fará a alegria dos endividados que terão dinheiro para gastar ainda mais e, de quebra, encarecidamente, pagar a ressuscitada CPMF. Prejuízo certo para a população e lucro garantido nos caixas financeiro e político para a governança trambiqueira.

A reunião, nitidamente pra inglês ver, serviu para o governo apresentar seus "coelhos" da cartola furada. Com o caixa em baixa, quase penhorando o país, Dilma e o mágico Nelson Barbosa descobriram uma grana de bilhões para ajudar os desempregados a consumirem. Como tríudo momesco, foi impagável.

Mesmo sem arlequim e colombina no salão, Dilma e seu mestre-sala Barbosão desfilaram com o estandarte da "Travessia" e, como não sambam mas fazem o povo dançar, atravessaram o Samba das Promessas. Mas quem muito promete nada cumpre, esperar algum coelhinho nessa cartola é esperar com vela na mão.
O que se viu foi um aceno para a patotada com um pacotão genérico, que ainda depende de debates e passagem pelo Congresso. Nada do que se falou será aplicado mesmo em breve. E de certo já se sabe que trabalhador e contribuinte não entra no cordão. É mero pagador das promessas. Que o diga Trabuco, do Bradesco, que teve lucro líquido recorde em 2015.

Mais uma vez Dilma dá espetáculo. Em nenhum momento, porque não convinha, se falou no corte de gastos e redução drástica do aparelhamento e endividamento do Estado. As jujubas talvez tenham sido suficientes para mostrar que o governo é austero pra burro.

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