segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Se mudar acaba
O Senado perdeu mais uma chance de ficar sintonizado com os gritos de mudança que vêm das ruas. A continuidade do mesmo grupo que há anos, talvez décadas, comanda o Senado, substituindo Renan por Sarney e vice-versa, agora sem ao menos mudar o presidente, representa a perda de uma boa chance de mudança.
A impressão é de que o grupo no poder, PT e PMDB, está amarrado ao continuísmo. Não consegue mudar sem acabar.
A senadora Marta Suplicy disse um dia desses que "ou o PT muda ou acaba". Eu concordei, mas a frase certa é: "se o PT mudar, acaba", porque está viciado na maneira como ele é.
Por mais que desejassem mudar a direção do Senado, como diziam diversos petistas, no último momento os senadores do PT, inclusive os que falam em mudanças, tiveram de barrar a mudança.
Há um imenso peso que não deixa PT e PMDB mudarem sem perder as característica básicas atuais deles. Ambos partidos surgiram de luta por mudanças.
O poder os viciou e amarrou. Não têm forma de mudar nem apoiam mudanças, porque eles acabariam.
O pior é que por estarem amarrados às suas características atuais, que nada têm a ver com aquelas que lhes levaram ao poder, amarram as instituições, desmoralizando a política, corrompendo o Estado.
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