Não é função
do advogado geral da União distribuir confiança.
É sabido que o
ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, doutor Luís Inácio Adams, pode vir
a ser indicado pela doutora Dilma para uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Se
ele é candidato, não deve ajudar quem teme a bolivarianização da Corte.
Diante da
afirmação de um magano das petrorroubalheiras de que sua empresa (Toyo Setal)
pagou sua propina ao comissariado doando legalmente R$ 4 milhões ao PT, Adams
informou: “Eu tenho confiança de que o trabalho de campanha foi o mais
cuidadoso, mais atento possível às questões legais.”
Não é função
do advogado geral da União distribuir confiança. Ao passar o dinheiro de forma
legal, a Toyo Setal também poderia dizer que foi “cuidadosa”, mas seu diretor
confessa agora que foi jabaculê.
Isso é o que
ele diz, pois será sempre necessário provar que uma doação legal se relaciona
com um ilícito. Afinal, se uma doação de empreiteira ao PT nacional é jabaculê,
por que um outro mimo, de outra empreiteira, ao PSDB de São Paulo, não o é?
O doutor Adams
lustrou a ciência jurídica nacional no ano passado, quando discutiu a
possibilidade de que médicos cubanos pedissem asilo ao governo brasileiro:
“Nesse caso me parece que não teriam direito a essa pretensão. Provavelmente
seriam devolvidos”.
Ele vocalizava
e endossava uma ameaça do aparelho policial cubano. Pelo menos cinco médicos
resolveram ir embora, quase sempre para os Estados Unidos, onde trabalhariam em
funções subalternas. Felizmente, nenhum foi mandado de volta para Cuba.
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