O Brasil inteiro assiste o intenso momento dos tantos in. E
o que impressiona é a inoperância diante do fenômeno, como se fosse tudo
normal, intrínseco ao nosso tempo.
A indiferença para com o próximo é descortinada nas calçadas
das grandes cidades o tempo inteiro, sem que cause a mais pálida inquietação.
Uma crescente onda de intolerância foi tomando conta das
redes sociais, insidiosa e ferina, maculando amizades outrora íntimas. Tornando
o trato indecente.
Outro infortúnio comum ao cidadão é a incompetência das
instituições em se mostrar inconciliáveis com a corrupção. Incrível:
honestidade se tornou atributo incomum.
Incalculáveis desvios de conduta são vistos com indolência
pelas autoridades constituídas e, pior, com incógnitos interesses ao sabor de
desejos indefensáveis. Algo inacreditável.
Basta um pouco de dinheiro ou poder para alguém se tornar
intocável. Enquanto isso, no inaceitável subsolo social, a menor indisciplina
incha nossas indignas prisões.
Dos protestos explícitos aos recados indiretos, nada parece
incitar reações. A incongruência está incrustrada na sociedade. Pouco pode o
indivíduo diante do insolúvel.
Sob a influência das intrigas, das inverdades ou das
invenções, até intelectuais são manipulados. Que dirá os incultos… Faltam
intérpretes confiáveis para indicar as (in)verdades.
Mas, o que esse insipiente cronista estaria insinuando?
Quais interesses estariam interferindo na insólita prosa? Mera inquietação, ou
intrigante conluio?
Quem quiser, que investigue minha obra, inquira-me nas ruas,
invente motivos para este involuntário desabafo. Pouco adianta inverterem a
responsabilidade.
Ao fim e ao cabo, pareço mero intrometido. Inoportuno
incendiário que não vê inquestionáveis avanços nos últimos 20, 30 anos.
Estarmos todos atrás de grades, por exemplo, é detalhe inócuo.
Certos mesmo estavam os rapazes do Ultraje a Rigor quando,
intensamente, repetiam: “inútil, a gente somos inútil!”.
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