As eleições presidenciais de outubro no Brasil perfilam-se
como um previsível duelo entre duas mulheres e já se fala das candidatas em
“branco e preto”, não somente pela raça, mas por suas trajetórias, uma o
contrário da outra.
As personalidades da presidenta, Dilma Rousseff, e da candidata socialista, Marina Silva, são uma espécie de assíntota de hipérbole, duas linhas que se aproximam sem nunca se encontrar. São de esquerda, mas de tonalidades diferentes. A primeira, mais da esquerda estatal, e a segunda, da esquerda verde.
Rousseff, branca, de origem europeia, queimou sua juventude
na luta violenta contra a ditadura militar brasileira. Foi torturada e acabou
abraçando os valores democráticos. Silva, negra, com sangue de escravos
africanos e imigrantes portugueses, se forjou na luta política e social desde
muito jovem ao lado do líder sindicalista e ecologista Chico Mendes,
assassinado por sua defesa da Amazônia.
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