quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Duas esquerdas disputam o poder


As eleições presidenciais de outubro no Brasil perfilam-se como um previsível duelo entre duas mulheres e já se fala das candidatas em “branco e preto”, não somente pela raça, mas por suas trajetórias, uma o contrário da outra.

As personalidades da presidenta, Dilma Rousseff, e da candidata socialista, Marina Silva, são uma espécie de assíntota de hipérbole, duas linhas que se aproximam sem nunca se encontrar. São de esquerda, mas de tonalidades diferentes. A primeira, mais da esquerda estatal, e a segunda, da esquerda verde.

Rousseff, branca, de origem europeia, queimou sua juventude na luta violenta contra a ditadura militar brasileira. Foi torturada e acabou abraçando os valores democráticos. Silva, negra, com sangue de escravos africanos e imigrantes portugueses, se forjou na luta política e social desde muito jovem ao lado do líder sindicalista e ecologista Chico Mendes, assassinado por sua defesa da Amazônia.


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