'Inimigos', um usa o que o outro deixou de fazer |
Candidato ao governo do Rio conhecido pela alcunha de
“Lindinho”, cercado por uma malta de asseclas do pior que já o PT obrou,
inclusive a “princesinha” Lurian, esteve na última semana em carreata em
Maricá. Era de se esperar que um candidato a governador levasse propostas. Como
não tem qualquer criatividade para administrar o que seja público, defeito
comum nos políticos brasileiros, mas perito em colecionar processos, aproveitou
o feijão com arroz com que o prefeito Quaquá conquistou seus dois mandatos.
Certo de que migalhas servem para angariar votos, não
precisa se esmerar em ser alguma coisa a mais do que nunca será. E aí despejou
com a máxima magnificência o que pretende, no cargo, dar como dádivas aos seus
súditos daquela municipalidade. Espantados todos os cidadãos, com mera inteligência
e nenhum bolso comprado. A oferta do nobre senador e candidato é acabar com o
dito monopólio da empresa de ônibus, insistir com a Cedae para enfim abastecer
o município e, por último, melhorar a educação.
Os três temas, como foram propostos, são mais uma dessas
mascaradas que os políticos nem ligam se são surradas, mas creem piamente que
são suficientes para fisgar votos dos imbecis como ordinariamente acontece. Importa
pouco se parecem espalhar apenas milho para atrair as galinhas em seu
galinheiro.
As propostas são o mesmo tipo de escracho que o próprio
prefeito faz desde a campanha de 2008 com o anunciado fim do monopólio de
transporte. Nada conseguiu em seis anos e tem acenado nos últimos meses com uma
mirabolante empresa chapa branca de ônibus, comprados com dinheiro público, que
fornecerão transporte gratuito (sic) em dois anos, às custas do próprio Erário.
Os lucros e dividendos eleitorais logicamente serão computados em campanhas como
a de agora. Afinal está em jogo a vaga da própria mulher, ou consorte, à Câmara
estadual.
A tal empresa, também encampada como proposta, será
controlada por uma outra empresa criada por um secretário comissionado. E o
candidato a governador não tem qualquer vergonha em achar natural a maracutaia,
desde que renda os votos.
Os ônibus estão comprados e apodrecendo num aeroporto interditado sem que a empresa sequer possua garagem ou funcionários. É essa muvuca, aprovada de cara pelo candidato petista, que virou proposta. Ou seja, apropriação de uma ideia cretina. Bom começo para um candidato, que talvez até concorde em avalizar a empresa dos companheiros.
A outra proposta é outra indecência. A educação municipal é
um escândalo com a secretaria do setor funcionando como reduto familiar do
vice-prefeito, que já foi secretário de Educação e passou o cargo para a
mulher. Um fato que já demonstra claramente como se cuida bem dos serviços
públicos entre os do PT.
A revolução do setor, anunciada pelos “fessores”, não passou
de uma maquiagem com reforma de pintura de algumas escolas, criação de outras
em casa alugadas e a farta distribuição de laptops – 17 mil para uma população
escolar de 13 mil alunos e professores, numa região que não tem internet
gratuita.
Mas ainda falta a questão da água, que tanto serviu de
plataforma em 2008 e 2012. “Lindinho” se apropria de um problema que o próprio
Quaquá teria resolvido com Cabral e Pezão, quando estiveram na cidade sem água
para inaugurar uma elevatória (seca) e propalar a chegada da água para 2014 em
todo o município. Tudo sob aplausos do prefeito que agora passa a bola como uma
realização do seu candidato, mas que em momento algum defendeu o município
junto à Cedae, atitude e dever de quem é prefeito. Mas preferiu se acomodar com
acusações que agora transforma em proposta de Lindinho.
Assim caminha o PT, sempre camuflado, enredado em tramas, repetindo
ações criminosas que deveria colocar seus integrantes há muito no xilindró.
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