sábado, 12 de julho de 2014

Quando pagaremos?


A festa acabou, E agora, Josés? Vocês já calcularam o prejuízo? Essa conta não se pagará em crediário.
Durante um mês os aeroportos funcionaram mesmo inacabados, houve mobilidade urbana apesar de nem 10% das obras estarem prontas. O país se esmerou e empenhou tudo dentro do governo . E deu certo. Ou quase. Mas existe uma conta que não fecha.

Até vilarejos a léguas das sedes fecharam portas, deram feriado e ponto facultativo a seus comissionados. A farra foi tanta que esbanjaram em telões e shows para exibir jogos do Brasil ao populacho nessas vilas. Tudo com o financiamento popular, dinheiro que serviria para obras públicas fundamentais, educação e saúde. Quem vai pagar a esbórnia que políticos promoveram de olho em outubro?

O governo de d.Dilma se aplicou em divulgar lucros exorbitantes, empregos em penca e melhorias com o padrão Fifa. O Centro Aberto de Mídia foi uma verdadeira máquina com produção diária de releases divulgando os grandes sucessos da Copa. Foi o show dos milhões e bilhões como anunciou até uma geração de R$ 30 bilhões à economia. No entanto, não há livro-caixa para conferir o que o país lucrou.

Certeza é que a Copa foi um milagre brasileiro, mais um. De ser o único país até hoje a lucrar com grandes eventos esportivos, fato que não aconteceu, com o perdão da palavra, nem com a Alemanha. O que acontece só mesmo no Brasil, aquele deitado em berço esplêndido, de onde jorram os mananciais da dinheirama pública para regalo dos políticos, ainda mais em véspera de reeleição.

Podem agora os especialistas até afirmarem que não haverá um efeito Copa em outubro. Analisam outras Copas, outras derrotas, mas se esquecem de quanto foi especialíssimo este evento para o país, que gastou fortunas e durante um mês envolveu o governo de tal forma que se esqueceu até de governar. No embalo, aproveitou para distribuir benesses eleitoreiras. O país ficou inteiramente em recesso como os parlamentares, mas precisou trabalhar para pagar as contas, o que não aconteceu com os meliantes das casas legislativas.

A derrota na Copa em casa pode pesar mais do que calculam, porque o país também perdeu dinheiro que será o contribuinte a recolocar tudo em caixa. Algo que os marqueteiros governamentais querem afastar da imagem santa da presidente. Afinal Copa e Olimpíadas, no Brasil, foram ideia de alguém muito esperto e louco para usufruir de juros eleitorais com sua tacada. Como surgiu uma Alemanha no meio do caminho, o jeito é tirar da reta o governo e deixar a contar se pagar por si mesma. Ou seja, o débito fica para aquelas crianças que choraram a derrota e, quando forem cidadãos produtivos, começarão a pagar o choro de hoje.          

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