O 7-1 não será assumido como uma anomalia futebolística, mas como a confirmação de um estado de coisas, de um fim de ciclo
(...) A aposta política no futebol foi
de alto risco, mas ao final foi a única coisa que Rousseff podia se
comprometer. Os cerca de 25 bilhões de reais investidos na festa, tão duramente
criticados, teriam sido legitimados no ânimo popular com uma vitória da seleção.
Como em toda aposta de alto risco, os dividendos do triunfo eram tão
categóricos como as consequências que a derrota acarreta. O problema é que as
autoridades nunca imaginaram um desastre esportivo de tal magnitude. O futebol
é uma religião no Brasil; agora se transformará em política. Uma variável de
consequências imponderáveis que não se encontra nos manuais de teoria política.
Se o des-milagre econômico era mal recebido pelos brasileiros, o des-milagre
futebolístico pode ser letal para a presidenta Dilma. Veremos.
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