Noah, em “Sapiens”, nos fala sobre a breve estória de nossa História, de uma espécie, comprimida em um tempo curto, que por seus erros deve desaparecer “em um século ou mais”. O homem, segundo Noah, é um “acidente biológico”, que se autodenomina como sapiens, sem o sê-lo.
Surgimos a cerca de 300 mil anos, uma variação de macaco, como outras, com um pouco mais do que hoje se chama de “raciocínio lógico”. Povoamos a Terra. Há 50 mil anos, interagimos e cruzamos com os Neandertais, outra espécie, equivalente. Dois mil anos depois, os eliminamos. Possivelmente por razões territoriais, o que hoje se chama de Geopolítica. E seguimos no voo solo, para o desterro de todas as outras espécies.
Fizemos a revolução urbana há 10 mil anos atrás. Veio a Grécia. Veio Roma. A revolução industrial, há 250 anos atrás. Inventamos a bomba atômica, poluímos o mundo, criamos a insustentabilidade.
Tentamos, é verdade, sermos “civilizados”. Rousseau e Montesquieu nos falaram sobre as leis e o Contrato Social. Tentamos. Fomos em frente. Mas a equação perversa da economia e da ecologia impediu a realização dos nossos sonhos de Césars.
E, como disse Mike Tyson, “todo mundo tem um plano até levar um soco na cara”. Ficamos nocauteados no ringue.
Vem aí a direita, na desordem da ordem. E a direita vai pisar ainda mais no acelerador, da ignorância, gerando muito mais riqueza (para si próprios), para a destruição mais rápida do Planeta.
Mas as festas, até lá, serão colossais. Os devaneios serão tantos, de tirar a chapéu, de fazer inveja, mesmo, a Calígula nos idos de Roma.
Como futuro, podemos esperar, no máximo, a tragédia mostrada no exímio filme “A Máquina do Tempo” em 1960, do livro de H. G. Wells, dirigido por George Pal.
E assim vamos nós.
Como em Noah.

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