Na América Latina, as eleições municipais no Brasil, de outubro de 2024, os partidos de direita e centro-direita avançaram significativamente, vencendo em quase 60% das prefeituras do país, o que confirmou um país mais conservador.
Na Argentina, a demanda por populismo de direita permanece forte, como evidenciado pela ascensão de Javier Milei, candidato de extrema-direita, eleito no final de 2023.
A direita tem obtido vitórias significativas em países do Cone Sul e em outras nações da América do Sul. No Paraguai, Santiago Peña, do conservador Partido Colorado, venceu a eleição presidencial em abril de 2023, mantendo a direita no poder (o partido governa o país há décadas com uma breve interrupção). A direita também tem governos no Equador (Daniel Noboa, desde novembro de 2023) e no Peru (Dina Boluarte, desde dezembro de 2022, e seu sucessor em 2025). A Bolívia, em outubro passado, elegeu Rodrigo Paz, um presidente de centro-direita.
Na Venezuela, o autoritarismo se manifesta através do controle de instituições e meios de comunicação pelo governo, repressão a opositores e restrição de liberdades. Esse processo, intensificado sob o governo de Nicolás Maduro, inclui a detenção de jornalistas e opositores, o fechamento de veículos de mídia independentes, o controle da justiça e a supressão de protestos. As eleições de julho de 2024, que teriam dado vitória à Maduro, foram amplamente contestadas, sob a denúncia de fraudes.
No Paraguai, o autoritarismo se manifestou em diferentes períodos, com destaque para as ditaduras de José Gaspar Rodríguez de Francia (1814-1840), Francisco Solano López (1862-1870) e, principalmente, Alfredo Stroessner (1954-1989).
Nos Estados Unidos, Donald Trump continua a ser uma figura central do movimento populista de direita global. Na Europa, as eleições de junho de 2024 apontaram notável avanço dos partidos de extrema-direita em vários países-membros.
Na Áustria, o Partido da Liberdade (FPÖ), de ultradireita, venceu as eleições parlamentares de setembro de 2024, com quase 29% dos votos, embora a formação de uma coalizão governamental ainda esteja em negociação. Na Alemanha, o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) alcançou resultados históricos em eleições estaduais e nas eleições europeias, obtendo seu melhor desempenho desde a Segunda Guerra Mundial em algumas regiões.
Na França, o Reunião Nacional (RN) de Marine Le Pen também registrou um forte avanço nas eleições europeias. Na Holanda, o Partido pela Liberdade (PVV), de Geert Wilders, também teve um bom desempenho, ficando em segundo lugar nas eleições para o Parlamento Europeu. Na Áustria, o Partido da Liberdade (FPÖ), de extrema-direita, obteve uma vitória inédita nas eleições parlamentares, tornando-se a força política mais votada do país, impulsionado por pautas anti-imigração e preocupações econômicas.
No Parlamento Europeu, houve um avanço notável dos partidos de extrema-direita em junho de 2024, especialmente na Itália, Alemanha e França, alterando o equilíbrio de poder no bloco e reforçando a presença dessas forças políticas no cenário continental
Em alguns Estados da Alemanha, o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) obteve seus melhores resultados desde a Segunda Guerra Mundial, consolidando sua força regional. Nos EUA, a reeleição de Donald Trump em novembro de 2024 é vista como um marco significativo, com sua retórica populista e autoritária mantendo uma influência global, servindo de referência para outros líderes.
O autoritarismo na Venezuela, sob o governo de Nicolás Maduro, é uma realidade amplamente documentada, sob a denúncia de terem sido fraudadas as eleições de 28 de julho de 2024. No Paraguai, o autoritarismo se manifestou em diferentes períodos, com destaque para as ditaduras de José Gaspar Rodríguez de Francia (1814-1840), Francisco Solano López (1862-1870) e, principalmente, Alfredo Stroessner (1954-1989).
Na Argentina, Javier Milei, de extrema-direita, continua a obter vitórias, após vencer as eleições em 2023. Seu partido obteve vitórias expressivas nas eleições legislativas de outubro de 2025, o que fortalece sua base de apoio no Congresso.
No Paraguai, Santiago Peña, do conservador Partido Colorado, foi eleito presidente em abril de 2023, mantendo a hegemonia da direita no poder do país. Na Bolívia, a Direita também conquistou uma vitória significativa com a eleição de Rodrigo Paz, fazendo com que passasse a governar cinco dos doze países da América do Sul (incluindo Equador e Peru fora do Cone Sul).
No Chile, embora o presidente atual, Gabriel Boric, seja de esquerda, a direita e a extrema-direita conquistaram maioria no conselho constituinte em 2023, e eleições futuras podem alterar o mapa político.
Já na China, o sistema político é predominantemente caracterizado como autoritário, de partido único, liderado pelo Partido Comunista Chinês (PCC). Esse modelo se aprofundou sob a liderança de Xi Jinping, que centralizou ainda mais o poder.
Em tempos de medo e descrença, o populismo autoritário encontra solo fértil. O eleitor, indignado, está dando sua resposta à democracia, que não tem cumprido suas promessas. P.S. Voltaremos ao tema.

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