Que pensam, de nós, crianças, cães, gatos,
quando chovem, sobre eles, infernos,
numa Palestina de insensatos,
que tudo muda em escuros invernos?
Podem as crianças compreender
que seres humanos rebentem casas,
ponham o mundo todo a arder
e, a todos, eles cortem as asas?
Crianças e animais aterrados,
para sempre mutilados e mudos,
porque, subitamente atirados
para o meio da luta, como escudos!
Um horror que irá sempre visitar
os pesadelos dos que vão sobrar!
Eugénio Lisboa
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