São filhas de diplomatas, auditores e desembargadores. Lei para isso foi criada em 1958. Em 1990, o governo deixou de reconhecer novas beneficiárias, mas a pensão continuou sendo paga a quem recebia.
Ocorre que 2,3 mil desse contingente já se casaram ou mantém relações estáveis; e 1,7 mil ingressaram no serviço público, descobriu a Controladoria Geral da União ao cruzar dados.
Essas mulheres deixaram, portanto, de atender aos requisitos da lei. E não se lembraram de avisar ao Estado. Avisar para quê? Para que suspendessem a pensão?
Um relatório do Tribunal de Contas da União, de meados de 2020, mostrou que até àquela data 620 mil pessoas receberam sem ter direito o Auxílio Emergencial para o combate à Covid-19.
À mesma época, pesquisa do Instituto Locomotiva conferiu que 3,89 milhões de famílias integrantes da parcela mais rica da população brasileira pediram e receberam o benefício de 600 reais.
Uma vergonha. Ou falta dela.
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