Jair Bolsonaro é o covarde em questão. Ao encontrar o que merecia nas urnas e ter data marcada para ir embora, está aproveitando os últimos dias no cargo para completar seus quatro anos de meticulosa demolição do país. Vide seu apoio mudo e tácito aos atos terroristas e às barricadas nas estradas. O histérico baderneiro que, há dias, impediu um pai de vencer a barreira para levar o filho a uma cirurgia que lhe garantiria a visão pode ter nome e sobrenome. Mas este é só o pseudônimo do celerado. Seu verdadeiro nome é Jair Bolsonaro, e será a este que o pai deverá exigir satisfações se seu filho perder o olho.
Como ainda tem tinta na caneta, Bolsonaro tenta passar o resto da boiada, infiltrando os derradeiros pilantras de sua confiança em órgãos judiciais, cortando verbas essenciais e desmontando os já poucos serviços de proteção às florestas. Quem perde com isso é o Brasil, mas e daí? E seu silêncio fala alto quando, agora temendo processos de verdade, ele escala Walter Braga Netto e Valdemar Costa Neto para fazer o trabalho sujo.
Bolsonaro não tem a hombridade dos grandes generais que, ao perder a guerra, entregam sua espada ao vitorioso e saem de cabeça erguida —vencidos, mas não derrotados. Sua atitude é a de um moleque.
Moleque, segundo o Houaiss, pode ser tanto um sujeito brincalhão e gaiato quanto uma criança ou um canalha. Você escolhe.
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