O mundo assistiria extasiado à maior manifestação de solidariedade jamais vista entre os sapiens. Líderes de todas as nações alinhados para manter a paz entre os povos, dispostos a erradicar toda a miséria e a fome no planeta.
Reuniões intermináveis dariam conta de suprir com o que fosse necessário para garantir a todo o indivíduo uma vida digna, com segurança e tranquilidade. Trilhões de dólares, que serviriam de reservas estratégicas, seriam disponibilizados de forma global.
Comboios, que já alcançariam mais de cem quilômetros, surgiriam de todas as partes e se aproximariam dos continentes mais pobres, levando alimentos, infraestrutura e recursos estratégicos.
Aviões descarregariam flores em alvos civis. Uma frota de navios transpacíficos circunavegaria absoluta, escoltada por submarinos invisíveis e seus torpedos com SMS carregados de esperança. Satélites e drones de alta precisão acompanhariam minuto a minudo o IDH mundial.
A operação já duraria uma semana com forte ofensiva. Não existiriam mais países nem fronteiras delimitadas. Os passaportes também seriam abolidos. Não haveria mais promessas de paraísos nem ameaças de infernos. Todas as raças compartilhariam o mundo inteiro para chamarem de seu.
Missões de construção em massa se deflagrariam a cada instante em áreas carentes ou devastadas. Filas e mais filas de voluntários. Os povos originários, os animais, e os recursos naturais estariam sob cuidado e preservação constantes.
“Você pode dizer que sou um sonhador. Mas não sou o único”. O John, já imaginava isso. Foi morto com quatro tiros.
Tiago Maria
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