quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Hoje é o Dia do Holocausto para que a humanidade jamais esqueça

Há 77 anos, no fim da Segunda Guerra Mundial, o Exército Soviético, depois de intensa luta, tomava e libertava Auschwitz, na Polônia, o maior e mais terrível campo de concentração nazista, no qual milhares de judeus foram assassinados.

Devido a esse fato histórico, 27 de janeiro é o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto. Essa data foi instituída pelas Nações Unidas e faz com que jamais esqueçamos os milhões de seres humanos que foram brutalmente assassinados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial para impor a insana ideologia política que haviam criado, a da supremacia ariana.

Há informações de que apenas em Auschwitz, na Polônia, cerca de 1,5 milhão de pessoas tenham sido exterminadas no período, tudo para atender à insanidade dos nazistas da propagada “supremacia étnica” ariana.

Esse triste período da humanidade é historicamente denominado Holocausto. Para os judeus, Shoah, palavra hebraica que significa, literalmente, “destruição, ruína, catástrofe”, é a expressão para denominar o aniquilamento metódico –perseguição, exclusão socioeconômica, expropriação, tortura, trabalho forçado, fome, prisão sem motivo e extermínio de seis milhões de judeus da Alemanha e da Europa ocupada entre 1933 e 1945 pelo regime nazista

Enfim, a prática e a contínua evolução da técnica do assassinato em massa de seres humanos objetivando um extermínio seletivo.

David Olère (1902-85), pintor de Auschiwitz, 

No período, os seis milhões de judeus assassinados – homens, mulheres e crianças – representavam 65% da população judaica europeia e 30% da população judaica mundial. O Holocausto tornou-se o símbolo representativo da barbárie do século XX.

Há diversas suposições que tentam explicar a ideia fixa dos nazistas de que o povo judeu era inferior e, portanto, deveria ser exterminado. Alguns até escreveram que a causa para a desmedida crueldade se deu por supostos fatos religiosos, já que judeus condenaram Jesus à morte – o que significa patente distorção da verdade, pois Jesus foi condenado pelos romanos. Jesus Cristo nasceu, viveu e morreu como judeu.

Porém, a teoria que mais parece merecedora de crédito é a que afirma que o objetivo do extermínio ocorreu devido à alta concentração de riqueza pelos judeus, principalmente pelo fato de muitos deles serem donos de instituições financeiras e empresas bem sucedidas. Assim, fica claro que o objetivo era tomar todos os bens dos judeus – em português claro: roubo, confisco.

O Holocausto não foi praticado de uma só vez, foi um processo doloso aplicado por etapas, sem Hitler ter levado em consideração que na Primeira Guerra Mundial cerca de 100 mil soldados judeus alemães lutaram pela Alemanha, tendo 12 mil morrido em combate.

A primeira etapa (1933/1935) foi a da identificação dos judeus, sua separação social e início da exclusão da vida pública, com medidas como proibição do exercício de profissões liberais, de frequência a escolas e universidades e de boicote contra lojas judaicas.

A segunda (1935/1938) foi a de isolamento e degradação dos judeus, etapa que se inicia com as Leis de Nuremberg. Os judeus deixavam se ser reconhecidos como cidadãos e eram proibidos de se casar com “arianos”. Se não obedecessem. eram punidos com a morte.

Na terceira fase (1938/1941), iniciada a partir da “Noite dos Cristais Quebrados” – a primeira chacina de judeus do século XX – assinala o princípio da violência física desmedida contra o povo judaico e o envio de seus membros para os campos de concentração.

Nessa fase, os judeus foram radicalmente expulsos da vida econômica e financeira na Alemanha. Todo o patrimônio foi confiscado pelo Estado alemão. Nesse período, começa a Segunda Guerra Mundial, a expansão do “espaço vital” da Alemanha nazista com a invasão de outros países, a forte elevação do número de vítimas, o aumento do número dos campos de concentração e também se inicia o confinamento dos judeus em guetos.

A quarta e última fase (1941/1945), é a denominada “Solução Final da Questão Judaica”: a do extermínio em massa dos judeus pelas “operações móveis de assassinato” formadas pela cruel SS (Schutzstaffel), nos campos de extermínio (Sobibor, Treblinka, Chelmno, Auschwitz e Majdanek) situados na Polônia, país onde se encontrava a maior concentração populacional judaica da Europa. Há registros que também consideram o campo de Jasenovac, na Croácia, como campo de extermínio.

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