segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Verde e amarelo: o último refúgio dos canalhas

Achava que tinha chegado no limite do abuso com o verde e o amarelo, principalmente, quando eles vinham em forma de camisa da CBF. Mas, nesta quarta-feira, minha má vontade com as cores da “Pátria” superaram todos os limites ao ver o empresário Luciano Hang prestar depoimento na CPI da Covid. O espalhafatoso dono da Havan fez seu show de horrores, diante dos senadores, vestido dos pés até a cabeça nas cores da bandeira do Brasil. Nem os sapatos escaparam.

A postura Hang na CPI condiz com a de um autêntico canalha que busca refúgio em um patriotismo tão falso quanto tosco. Desrespeitoso, arrogante e falastrão, mentiu o quanto quis (o Aos Fatos checou tudo direitinho). Usou máscara com propaganda de sua empresa, levou placas em defesa da “liberdade de expressão”, reafirmou a cartilha negacionista, provocou senadores, gerou tumulto e mandou seu recado para o fiel público bolsonarista.


Hang seguiu um roteiro prévio, cumpriu à risca o que tinha planejado e saiu contando vantagem nas redes sociais. Faltou alguém para dar um basta no dono da Havan, como o senador Fabiano Contarato (Rede/ES) fez com o também empresário bolsonarista, patriota e “cidadão de bem” Otávio Fakhoury, no dia seguinte, na mesma CPI da Covid.

Com coragem, equilíbrio e firmeza, Contarato reagiu a uma postagem homofóbica do depoente comentando um tuíte seu. Foi emocionante e histórico, vale demais ver o vídeo. O machão Fakhoury ficou com o rabo entre as pernas. Foi colocado no seu devido lugar e vai apodrecer no lixo da história.

Como demonstrou Fabiano Contarato, os homofóbicos – e de maneira geral, todos os fascistas – precisam ser enfrentados, confrontados e expostos. Para que todos possam ver que, escondido atrás das cores da bandeira, existe apenas mais um canalha covarde.

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