Não há ninguém que não fale dum “ano atípico” e 2020 foi-o sem dúvida. Mas… para quem?
Para o mundo inteiro que se viu a braços com uma pandemia, que alguns (que não sabem de certezinha fazer contas) compararam à peste negra da Idade Média. Isto dirão, mas não é verdade.
Se sairmos do nosso etnocentrismo, que reduz o globo a mais ou menos dois continentes – a Europa e a América (em parte), este ano que agora termina trouxe apenas e só mais uma calamidade a juntar a tantas outras.
A crer nas imagens que nos projetam ao fundo desta caverna de Platão em que estamos, o mundo parece ter-se reduzido a gráficos de mortos, contagiados, recuperados e agora vacinados. As notícias são 90% relativas à pandemia que, tal como todas as demais, irá acabar até bem mais cedo que as anteriores, devido ao enorme esforço feito pela Ciência.
Bem, terminará… no nosso pequeno mundo, já que no restante….
Os números de infetados na Ásia, nalguns países da América Latina, mas sobretudo em África, onde ainda se continua a morrer de ébola, tuberculose e outras doenças bem mais mortais caso não sejam debeladas a tempo, são uma incógnita. Enquanto passam imagens até à mais profunda náusea de gente a ser vacinada, de gente a opinar sobre o ter sido vacinado, de pessoas a dizerem que o plano de vacinação devia ser assim ou assado, tudo o resto deixou de existir
Os números de infetados na Ásia, nalguns países da América Latina, mas sobretudo em África, onde ainda se continua a morrer de ébola, tuberculose e outras doenças bem mais mortais caso não sejam debeladas a tempo, são uma incógnita. Enquanto passam imagens até à mais profunda náusea de gente a ser vacinada, de gente a opinar sobre o ter sido vacinado, de pessoas a dizerem que o plano de vacinação devia ser assim ou assado, tudo o resto deixou de existir.
Mas o mundo, como diria Galileu e pur si muove.
Continuamos a assistir aos maiores atropelos dos Direitos Humanos, pois que, sabendo que a opinião pública internacional se encontra anestesiada e a discutir o número de pessoas possíveis nas esplanadas, nas ceias de Natal e o uso de máscaras, as ditaduras e os candidatos a ditadores prosseguem a sua sanha contra opositores, sejam eles de caráter político, religioso, étnico…
Vejam-se as estatísticas dos presos políticos aqui ao lado na Bielorrússia. Atente-se às leis que vão saindo sorrateiramente na Hungria sobre direitos e liberdades, sobretudo dos homossexuais. Veja-se o aumento exponencial de execuções de sentenças de morte na grande democracia dos Estados Unidos da América nas últimas semanas. E já agora, nos indultos concedidos.
Aqui bem mais perto, o Mediterrâneo continua a ser o Mar da Nossa Vergonha, sepultando a cada dia que passa mais e mais pessoas, que tentam fugir a um inferno bem maior que qualquer pandemia.
Morre-se de frio nos campos de refugiados e incendeiam-se campos de refugiados, umas vezes por incúria outras propositadamente, seja para alertar a opinião pública para as condições sub-humanas e o um drama que não tem tido resposta, seja para resolver a questão, um pouco à maneira do Holocausto (sim, sim!)
Morre-se de fome, de má nutrição, de falta de água potável, de falta de cuidados de saúde… em pleno século XXI!!!
Todos os anos são gastos milhões de euros para justificarem a existência de organizações internacionais e nacionais que planeiam, nos seus gabinetes, projetos fantásticos que não valem absolutamente nada, que não resolvem coisíssima nenhuma, mas que mantêm máquinas de “solidariedade e apoio” pesadíssimas.
Quantas vacinas contra a Covid-19 chegarão a África? Ou aos campos de refugiados na Turquia?
Faça-se um gráfico com a mortalidade infantil no mundo e comparemo-la com a da Covid-19. Façamos as contas a quanto seria necessário despender para reduzir a ZERO essa mortalidade e comparemo-las como que se investiu (e bem, note-se). Só que se há para umas coisas tem que haver para outras, na pesquisa contra este vírus. Ou quanto se investe em material bélico por ano na França, na Alemanha, nos Estados Unidos a América…
Vejam-se os números de infetados com o bacilo da tuberculose, doença praticamente erradicada na Europa, em países como o Senegal, Moçambique e até alguns países do Leste não-União Europeia.
E continuamos a olhar para os nossos ecrãns encherem-se de “picadas”, de números e estatísticas que, francamente, já enjoam.
É tempo de fazer votos de Ano Novo.
Os meus são que o ano traga parte da utopia do Imagine, de John Lennon, Que aprendamos, duma vez por todas, que temos um único planeta e que pertencemos todos à mesma Humanidade.
Os números de infetados na Ásia, nalguns países da América Latina, mas sobretudo em África, onde ainda se continua a morrer de ébola, tuberculose e outras doenças bem mais mortais caso não sejam debeladas a tempo, são uma incógnita. Enquanto passam imagens até à mais profunda náusea de gente a ser vacinada, de gente a opinar sobre o ter sido vacinado, de pessoas a dizerem que o plano de vacinação devia ser assim ou assado, tudo o resto deixou de existir.
Mas o mundo, como diria Galileu e pur si muove.
Continuamos a assistir aos maiores atropelos dos Direitos Humanos, pois que, sabendo que a opinião pública internacional se encontra anestesiada e a discutir o número de pessoas possíveis nas esplanadas, nas ceias de Natal e o uso de máscaras, as ditaduras e os candidatos a ditadores prosseguem a sua sanha contra opositores, sejam eles de caráter político, religioso, étnico…
Vejam-se as estatísticas dos presos políticos aqui ao lado na Bielorrússia. Atente-se às leis que vão saindo sorrateiramente na Hungria sobre direitos e liberdades, sobretudo dos homossexuais. Veja-se o aumento exponencial de execuções de sentenças de morte na grande democracia dos Estados Unidos da América nas últimas semanas. E já agora, nos indultos concedidos.
Aqui bem mais perto, o Mediterrâneo continua a ser o Mar da Nossa Vergonha, sepultando a cada dia que passa mais e mais pessoas, que tentam fugir a um inferno bem maior que qualquer pandemia.
Morre-se de frio nos campos de refugiados e incendeiam-se campos de refugiados, umas vezes por incúria outras propositadamente, seja para alertar a opinião pública para as condições sub-humanas e o um drama que não tem tido resposta, seja para resolver a questão, um pouco à maneira do Holocausto (sim, sim!)
Morre-se de fome, de má nutrição, de falta de água potável, de falta de cuidados de saúde… em pleno século XXI!!!
Todos os anos são gastos milhões de euros para justificarem a existência de organizações internacionais e nacionais que planeiam, nos seus gabinetes, projetos fantásticos que não valem absolutamente nada, que não resolvem coisíssima nenhuma, mas que mantêm máquinas de “solidariedade e apoio” pesadíssimas.
Quantas vacinas contra a Covid-19 chegarão a África? Ou aos campos de refugiados na Turquia?
Faça-se um gráfico com a mortalidade infantil no mundo e comparemo-la com a da Covid-19. Façamos as contas a quanto seria necessário despender para reduzir a ZERO essa mortalidade e comparemo-las como que se investiu (e bem, note-se). Só que se há para umas coisas tem que haver para outras, na pesquisa contra este vírus. Ou quanto se investe em material bélico por ano na França, na Alemanha, nos Estados Unidos a América…
Vejam-se os números de infetados com o bacilo da tuberculose, doença praticamente erradicada na Europa, em países como o Senegal, Moçambique e até alguns países do Leste não-União Europeia.
E continuamos a olhar para os nossos ecrãns encherem-se de “picadas”, de números e estatísticas que, francamente, já enjoam.
É tempo de fazer votos de Ano Novo.
Os meus são que o ano traga parte da utopia do Imagine, de John Lennon, Que aprendamos, duma vez por todas, que temos um único planeta e que pertencemos todos à mesma Humanidade.
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