quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

2019, o ano que não quer acabar

Todos que me acompanham (fora o pessoal do homecare) têm certeza de que o Brasil está no buraco. Um orifício tão profundo que as mineradoras poderiam procurar ouro, prata, nióbio, grafeno e outros metais bolsonobres que, assim como eu, vivem nas inexploradas profundezas do buraco brasileiro.

O brasileiro, povo indolente e mau-caráter, prefere passar o dia emaconhado ao som do roquenrrol. Esse ritmo satânico desperta em nossa juventude seus mais baixos instintos carnais. Sob os eflúvios da erva maldita e os embalos do iê-iê-iê, a nossa juventude se entrega ao sexo desenfreado e sem limites com um único e insidioso propósito: engravidar e, assim, poder praticar o aborto.


Os fetos natimortos, por sua vez, são vendidos aos laboratórios farmacêuticos multinacionais, que se utilizam de tecido fetal humano para fabricar o Viagra, o Cialis e outras substâncias eroto-eréteis que são consumidas na indústria perversa do séquisso.

E não sou só eu, Agamenon Mendes Pedreira, quem sabe desse esquema secreto do comunismo internacional. O presidente da Afundarte, organismo que não sei para que serve (mas boa coisa não deve ser, pois te FU logo no princípio), também tem ciência dessa conspiração nefasta.

Se isso fosse pouco, o presidente da avantajada Fundação Palmoles foi criticado e denegrido por afirmar que a escravidão foi uma boa para os afrocativos. Mas é claro que foi! De que outra forma o povo miserável da África subsaariana poderia conhecer a Bahia, o Caribe e a Disney sem o benefício da escravatura? Isolados no meio da floresta da Guiné, os afroafricanos jamais teriam viajado de navio transatlântico e aprendido que o planeta Terra é plano como uma mesa de sinuca com seis buracos.

A escravidão também foi uma boa para o Laurentino Gomes, que está faturando uma grana preta com os seus livros histórico-escravistas. Isso para não falar da Black Friday.

Digo e afirmo tudo isso sem temor, pois, jornalista intimorato, desconheço o sentimento do caga$%ˆ&$#ço. Não tenho medo de ser preso, mesmo porque roubei muito pouco para o Gilmar Mentes e o DiasPToffoli me soltarem depois.

Ao longo da minha vida, cobri muitas guerras e mulheres. Rigorosamente nesta ordem. Mas hoje pratico uma dieta mais modesta. Me contento em saborear a “quentinha” da Isaura, minha patroa, que, generosa, alimenta as populações de rua, cada vez mais na rua.

Portugal já está botando brasileiro pelo ladrão. Ladrão brasileiro, é claro. Daqui a pouco, o Eduardo Cunha vai virar primeiro-ministro dos portugueses. Por isso, vou me mudar para a Virgínia, onde mora o filhósofo Nãolavo Meu Carvalho. Vou trabalhar como assistente desse grande intelectual caçando ursos selvagens. Dessa forma, poderei garantir uma fonte de proteína animal sem gastar nenhum tostão. Até porque a carne no Brasil está cada vez mais cara e custando os olhos da cara. E olha que não tem inflação, os juros estão baixos, uma coisa que nem a Miriam Peitão (que também aumentou) consegue explicar.

Ao final disso tudo, pelo menos uma boa notícia: o Judiciário e o Legislativo vão entrar em recesso, o que é uma garantia de melhoria na qualidade de vida do povo brasileiro. Infelizmente, o Executivo continuará funcionando, mas pelo menos o Bolsonaro resolveu Jair mandando seus filhos para uma colônia penal de férias. Já é alguma coisa… Depois vêm o Carnaval, a Semana Santa, as Festas Juninas e Julinas, as eleições, o Natal, Ano Novo e pronto: 2020 acabou! Ufa!
Agamenon Mendes Pedreira é o único brasileiro que ficou nu em Woodstock

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